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Brasil Os carros da Uber vão mapear o Brasil para melhorar precisão: veículos com radar e câmeras registrarão os dados de vias de áreas urbanas

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Com urgência, projeto ganha prioridade na pauta e deve ser votado na próxima terça-feira. (Foto: Divulgação)

A partir de outubro, brasileiros começarão a ver carros da Uber com visual futurista nas ruas. Com câmeras e radares no teto, lembram até os modelos dos projetos de carros autônomos tocados pela empresa de transporte nos EUA. Mas, na verdade, terão uma missão diferente: mapear melhor as cidades brasileiras. O trabalho começará por Rio e São Paulo, mas a ideia é expandir o projeto para o Brasil inteiro. O objetivo é fornecer informações mais detalhadas, que permitirão que os motoristas saibam exatamente onde os passageiros estão e recebam mais informações sobre as vias.

A decisão de investir na América Latina – a empresa não revela valores – é proporcional à importância que a região tem para o negócio da Uber. Segundo e empresa, Cidade do México, São Paulo e Rio são seus três maiores mercados no mundo em volume de passageiros. As três cidades têm, respectivamente, 2 milhões, 1,3 milhão e 900 mil passageiros ativos – que usam o serviço pelo menos uma vez por semana. Ao todo, elas têm população urbana de cerca de 60 milhões de pessoas.

Hoje, oito países já foram mapeados: EUA, Canadá, México, Reino Unido, França, África do Sul, Cingapura, Austrália e Nova Zelândia. O mais recente foi o México, em junho de 2017. O processo – focado somente nas áreas urbanas – levou cerca de um ano, aproximadamente o prazo que a empresa espera cumprir no Brasil.

O projeto não deve substituir dados obtidos junto a Google e TomTom, principais fornecedores de mapas da empresa. A ideia é aperfeiçoar as informações para tornar o serviço mais ágil, por exemplo, em shoppings e grandes eventos.

“Um motorista recebe a informação: seu passageiro está aguardando no Maracanã. Isso é praticamente inútil para ele”,  explica Erik Weber, gerente sênior para planejamento e política do grupo de operações de mapeamento da Uber.

Hoje, a empresa já fornece algumas informações desse tipo. Mas, para isso, é preciso que os dados sejam incluídos no aplicativo manualmente. No Aeroporto do Galeão, por exemplo, já é possível especificar, ao pedir uma corrida, em qual porta e qual terminal o passageiro está. O mesmo também ocorre em alguns shoppings da cidade. Mas, para tanto, é preciso que a informação seja atualizada manualmente por funcionários. A tecnologia automatizaria essa leitura inteligente de placas e informações mais detalhadas das ruas.

O mapeamento deve ser feito por 20 a 25 carros equipados com quatro câmeras de alta qualidade, que podem, ainda, usar uma espécie de radar a laser, para identificar placas nas ruas com mais clareza. Até dados como pistas reversíveis ou o rodízio de placas em São Paulo devem ser levados em consideração.

Carros autônomos

O mapeamento, no entanto, ainda não fornecerá dados suficientes para sustentar uma experiência de carros autônomos, considerada a principal fronteira tecnológica da empresa. A empresa garante, porém, que a América Latina certamente receberá o projeto em algum momento. A Uber não está sozinha na iniciativa: gigantes como Google, Tesla e GM também investem na tecnologia. Hoje, a empresa se prepara para iniciar a terceira fase do programa, lançado em 2016. Três cidades americanas já testam a tecnologia: Pittsburgh, São Francisco e Phoenix — onde, em março, um dos carros se envolveu em um acidente sem feridos, causado pelo motorista humano de outro veículo, conforme avaliou a polícia na ocasião.

Perguntado sobre o impacto dos carros autônomos sobre os motoristas que dependem do serviço para se sustentar, o diretor-geral regional para América Latina da Uber, Rodrigo Arévalo, descartou qualquer mudança radical pelo menos pelas próximas duas décadas.

“Não acredito haver um momento em que essas oportunidades serão perdidas. Não vejo isso em uma década, nem em duas décadas. Haverá uma interação híbrida. Ainda precisaremos desses parceiros”, disse Arévalo em Nova York, durante evento para jornalistas da América Latina.

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