Quinta-feira, 28 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

| Os cinco segredos da Nasa para levar uma nave a Júpiter

Compartilhe esta notícia:

Sonda espacial Juno foi absorvida pela imensa gravidade de Júpiter na madrugada de 5 de julho. (Crédito: Reprodução)

Os olhos do mundo agora se voltam para os resultados científicos que a sonda Juno trará de Júpiter, desvendando os segredos do maior planeta da nossa “vizinhança”. Mas como se faz para mandar alguma coisa – qualquer coisa – até Júpiter? Conheça agora os cinco segredos da Nasa (agência espacial americana) para o sucesso dessa incrível jornada.

Viajar sem gastar combustível.

Quanto combustível um paraquedista precisa para saltar de um avião a 5 quilômetros de altitude e chegar ao chão? Zero, né? Afinal de contas, ele está caindo – a gravidade faz todo o serviço por ele. É exatamente isso o que fazem praticamente todas as missões espaciais: elas são lançadas e depois simplesmente “caem” até seus destinos. Se você usar um foguete para lançar uma sonda até Júpiter, como a Nasa fez com a Juno, a primeira etapa consiste em acelerá-la além da velocidade em que ela ficaria em órbita da Terra. Usando somente a propulsão do lançador Atlas V, a sonda foi libertada da gravidade terrestre.

Usar um estilingue gravitacional.

A Juno partiu em 5 de agosto de 2011, depois de um grande empurrão de seu foguete, e passou a “subir” na direção da região mais externa do Sistema Solar. Usando as equações gravitacionais, os cientistas puderam calcular com precisão quanto a sonda ia subir e quanto ia cair. Eles planejaram essa passagem pelas imediações da Terra. Para quê? Para usá-la como um estilingue gravitacional!

A coisa se desenrola assim: conforme a nossa sonda Juno se aproxima da Terra, a gravidade do nosso planeta a atrai – ou seja, ela acelera ainda mais. Mas sua trajetória foi calculada de forma que ela passasse de raspão, sem cair de volta aqui.

Ter a capacidade propulsora.

Embora a direção geral da sua trajetória seja ditada pela gravidade, ou seja, ela está quase o tempo todo em queda livre, a nave tem propulsores com que pode realizar pequenas alterações de curso. A Juno fez várias manobras de ajuste de curso com seus propulsores ao longo da jornada de cinco anos até Júpiter, a maioria delas concentrada entre agosto e setembro de 2012, com o objetivo de chegar no lugar certo na hora certa.

Puxar o freio na hora certa.

Eis que se chegou ao 4 de julho de 2016. A exemplo do que aconteceu em 2013, a sonda Juno ia passar de raspão por um planeta – não mais a Terra, mas Júpiter desta vez. Se fosse apenas uma bola de canhão, ela seria estilingada pelo gigante gasoso e sairia de lá ainda mais depressa, em uma trajetória que a levaria para fora do Sistema Solar.
Para evitar esse fim melancólico, o truque final foi, ao chegar a Júpiter, puxar o freio com tudo. Em vez de cair novamente em direção ao Sol, ela ajustaria sua trajetória e aceleração para passar a cair na direção de Júpiter. E foi essa a manobra crucial que foi realizada com sucesso em 5 de julho.

Pegar leve como computador.

Mesmo que todas as contas estivessem certas, o pior de tudo ainda podia acontecer: no meio da manobra, o computador de bordo podia sofrer uma pane. Por isso, a equipe científica da Juno decidiu desligar todos os instrumentos – inclusive as câmeras – cinco dias antes da aproximação final de Júpiter. Resultado: apesar de a Juno ter passado a meros 4 mil quilômetros da superfície visível de Júpiter, não temos nenhum cartão postal desse evento – ainda. A boa notícia é que a sonda desempenhou essa tarefa de forma admirável e se colocou na órbita planejada, que a trará de volta às proximidades de Júpiter em 53 dias. E o plano dos cientistas é registrar todo o mergulho, o que certamente vai originar a mais espetacular sequência de imagens já feitas do maior planeta do Sistema Solar.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de |

O Chile tem a internet mais rápida da América do Sul
Juíza negou o pedido de vistoria em cela de Lula ao argentino Adolfo Pérez Esquivel, ganhador do Nobel da Paz
https://www.osul.com.br/os-cinco-segredos-da-nasa-para-levar-uma-nave-a-jupiter/ Os cinco segredos da Nasa para levar uma nave a Júpiter 2016-07-08
Deixe seu comentário
Pode te interessar