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Mundo Os Estados Unidos começaram a devolver ao México migrantes que pediram refúgio

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Trump tem traçado diferentes estratégias em relação à fronteira. (Foto: Mani Albrecht/U.S. Customs and Border Protection)

Os Estados Unidos começaram, na terça-feira (29), a devolver ao México migrantes que cruzaram a sua fronteira sul para pedir refúgio, uma estratégia do presidente Donald Trump para obrigá-los a esperar fora de seu território o seu encontro com um juiz americano.

“A partir de hoje, os Estados Unidos começaram a implementar os Protocolos de Proteção a Migrantes”, indica um comunicado da embaixada de Washington no México. “Alguns indivíduos que chegaram ou entraram nos Estados Unidos pelo México – de maneira ilegal ou sem a documentação adequada – poderão ser devolvidos ao México durante o período de seu julgamento migratório”.

O México disse anteriormente que “não concorda com a medida unilateral”, mas consentiu “por razões humanitárias e de maneira temporária” a receber os estrangeiros que os Estados Unidos expulsar, desde que “recebam uma convocação para comparecer perante um juiz migratório” americano.

Em novembro, uma caravana com milhares de centro-americanos – principalmente famílias com crianças – chegou à cidade mexicana de Tijuana com a intenção de cruzar a fronteira em direção aos Estados Unidos, onde buscam iniciar uma vida longe da pobreza e da violência de seus países.

Desde então, outras caravanas empreenderam viagens em direção ao “american dream”.

Washington justificou a sua nova estratégia como uma “resposta à crise de migração ilegal que (os Estados Unidos) encaram”, argumentando que ao longo dos últimos cinco anos registraram um aumento de 2.000% das solicitações de refúgio.

“Muitos migrantes em potencial sabem que buscar refúgio lhes dá a oportunidade de permanecer nos Estados Unidos mesmo que não tenham um argumento válido para o pedido. A maioria desses argumentos não atende aos requisitos necessários. De fato, nove em cada 10 solicitações de asilo são rejeitadas por um juiz migratório”, explicou a sede diplomática.

Assim, os migrantes que entrarem nos Estados Unidos serão processados pelas autoridades migratórias, serão notificados para comparecer a uma audiência em um tribunal migratório, retornarão ao México e ficarão lá enquanto durar o processo.

Aqueles cujos argumentos forem considerados válidos pelos juízes americanos receberão status de refugiado e poderão permanecer nos Estados Unidos, e os que carecerem de argumentos válidos serão repatriados para seus países de origem.

Até agora, os solicitantes de asilo podiam esperar pela sua audiência estando em liberdade nos Estados Unidos, e muitos deles desapareciam no país sem comparecer ao chamado.

Tropas na fronteira

Os Estados Unidos enviarão mais “milhares” de efetivos à fronteira com o México como parte de uma polêmica missão para aumentar a segurança na zona limítrofe, informou o secretário de Defesa interino, Patrick Shanahan, na terça-feira (29).

Atualmente há 2.350 militares trabalhando ao longo da fronteira, onde ajudam os agentes da patrulha fronteiriça com apoio logístico e instalando uma cerca de arame farpado.

As tropas foram enviadas a pedido do presidente Donald Trump antes das eleições de meio de mandato, em novembro, quando caravanas com migrantes centro-americanos se aproximavam da fronteira para buscar refúgio nos Estados Unidos e, assim, fugir da violência e da pobreza em seus países.

Estava previsto que a missão fronteiriça terminassem em 31 de janeiro, mas foi prorrogada até setembro.

O Departamento de Segurança Interna pediu ajuda para erguer a cerca e expandir “a vigilância”, explicou Shanahan em uma entrevista coletiva no Pentágono.

O porta-voz do Pentágono, o tenente-general Jamie Davis, indicou depois que as Forças Armadas estão atualmente avaliando quais unidades envolverão na missão e afirmou que será um aumento de “alguns milhares” de soldados.

“Vamos dar mais precisão sobre os números quando tivermos”, esclareceu.

O envio das tropas para a fronteira foi uma das questões sobre as quais Trump e o ex-secretário de Defesa Jim Mattis discordaram antes que este último renunciasse em dezembro, depois da polêmica decisão do presidente de retirar as tropas da Síria.

Shanahan, que tem atuado como secretário interino de Defesa, substituiu Mattis em 1º de janeiro.

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https://www.osul.com.br/os-estados-unidos-comecaram-a-devolver-ao-mexico-migrantes-que-pediram-refugio/ Os Estados Unidos começaram a devolver ao México migrantes que pediram refúgio 2019-01-30
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