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Geral Os Estados Unidos mantêm mais de 14 mil crianças migrantes em orfanatos superlotados

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O hondurenho Luis Acosta segura Angel Jesus, 5, enquanto atravessa rio na caravana de migrantes rumo aos EUA. (Foto: Reprodução)

Décadas após os Estados Unidos abandonarem os orfanatos grandes e superlotados por seus efeitos traumáticos nas crianças, as internações voltaram. O governo federal colocou a maioria das 14,3 mil crianças migrantes sob seus cuidados, desde bebês até adolescentes, em centros de detenção e unidades residenciais em que dividem o espaço com centenas ou milhares de crianças.

Cerca de 5.400 crianças migrantes detidas nos EUA estão dormindo em abrigos com mais de mil outras crianças. Mais ou menos 9.800 estão em instalações com cem ou mais crianças, segundo dados governamentais confidenciais obtidos e verificados pela agência de notícias Associated Press.

A situação mudou muito no último ano. Cerca de três meses após o republicano Donald Trump chegar ao poder, o mesmo programa federal tinha 2.720 crianças migrantes sob seus cuidados, a maioria delas vivendo em abrigos com algumas dezenas de outras ou em lares de acolhimento.

Algumas das crianças podem ser libertadas antes do previsto, porque esta semana o governo encerrou uma parte de suas políticas de verificação rigorosa que haviam atrasado a colocação de crianças migrantes com familiares delas nos EUA.

As informações sobre o número de crianças detidas sob a responsabilidade do ORR (Escritório de Reassentamento de Refugiados) eram restritas até agora, mesmo para os advogados que representam as crianças. A agência de notícias teve acesso a dados dos últimos 20 meses, que revelam detalhadamente as dimensões de um programa que está ao centro do esforço da administração Trump para reprimir a imigração.

Os dados revelam o grau de endurecimento da abordagem do governo às crianças migrantes, assinalando uma nova fase em um programa federal cuja finalidade original era oferecer abrigo seguro para crianças de todo o mundo em situação vulnerável e fugindo de perigos.

Morte de criança de 7 anos por ter passado vários dias sem comer ou beber 

Outro caso que trouxe maior pressão a Trump foi a morte da guatemalteca Jakelin Caal, de 7 anos, sob a custódia da Patrulha da Fronteira dos EUA. Segundo as autoridades americanas, Jakelin morreu de choque horas depois de ter sido posta sob custódia da Patrulha de Fronteira por ter passado vários dias sem comer ou beber nada.

As crianças detidas no sistema estão levando pelo menos o dobro do tempo – em média dois meses — para conseguirem sair, em parte porque a administração Trump adotou medidas de triagem mais restritivas para pais e familiares que querem acolher os menores.

Isso mudou na terça-feira (18), quando a administração revogou uma política pela qual cada adulto em residências onde crianças migrantes vão viver fornecesse suas impressões digitais ao governo. Todos ainda precisam se submeter à verificação de seus antecedentes, e os pais das crianças ainda têm que fornecer suas impressões digitais. Mesmo assim, as autoridades dizem que agora vão poder processar algumas crianças em menos tempo. A esperança é poder encurtar estadias que se arrastavam havia tanto tempo que as crianças às vezes temiam que seus pais os tivessem abandonado de vez.

“É uma dor que nunca vamos superar”, disse o salvadorenho Cecilio Ramirez Castañeda, cujo filho de 12 anos, Omar, lhe foi tirado quando eles foram detidos em junho sob a política de “tolerância zero” da administração, que levou quase 3.000 crianças a serem separadas de suas famílias. Durante os cinco meses que passou em um abrigo da Southwest Key em Brownsville, Texas, com dezenas de outras crianças, Omar temeu que seu pai tivesse desistido de reencontrá-lo.

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https://www.osul.com.br/os-estados-unidos-mantem-mais-de-14-mil-criancas-imigrantes-em-orfanatos-superlotados/ Os Estados Unidos mantêm mais de 14 mil crianças migrantes em orfanatos superlotados 2018-12-21
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