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Mundo Os Estados Unidos notificaram a Organização das Nações Unidas de que estão saindo oficialmente do Acordo de Paris

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Mike Pompeo fez o anúncio também pelo Twitter. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Os Estados Unidos disseram nesta segunda-feira (4) à ONU (Organização das Nações Unidas) que iniciaram formalmente o seu processo de retirada do marco do Acordo Climático de Paris, assinado em 2015 na capital francesa.

O secretário de Estado, Mike Pompeo, disse que enviou uma notificação formal às Nações Unidas neste sentido. Isso inicia um processo de retirada que deve demorar um ano para ser oficializado.

A declaração de Pompeo elogiou os cortes de poluição de carbono nos Estados Unidos e chamou o acordo de Paris de “um ônus econômico injusto” para a economia dos EUA.

O anúncio de Pompeo também foi divulgado em sua conta no Twitter.

Quase 200 países assinaram o acordo climático internacional em que cada país fornece seus próprios objetivos para reduzir as emissões de gases que levam à mudança climática.

Os EUA são a primeira nação a sair do acordo. As regras do contrato impediam um país de se retirar nos três primeiros anos após a ratificação, em 4 de novembro de 2016.

Saída

Com o anúncio, os EUA devem deixar oficialmente o acordo em 4 de novembro de 2020, um dia após a eleição presidencial e alguns dias antes da realização da COP26, marcada para acontecer no Reino Unido.

Para justificar a posição americana, Pompeo alegou que o engajamento dos Estados Unidos no acordo representaria “um fardo econômico injusto imposto aos trabalhadores, empresas e contribuintes americanos”.

Ele ainda declarou que o país faz sua parte na luta contra as emissões de gases que provocam o efeito estufa e prometeu que Washington proporia um modelo realista e pragmático nas discussões internacionais sobre o clima.

“Continuaremos a trabalhar com nossos parceiros na luta contra as consequências provocadas pelas mudanças climáticas […] os Estados Unidos continuarão a promover a pesquisa, a inovação e o crescimento econômico, reduzindo as emissões e dando a mão para parceiros em todo o mundo”, disse.

Para o America’s Pledge, um grupo formado por empresas, estados e cidades americanas favoráveis aos compromissos do Acordo de Paris, a confirmação desta segunda vai contra os interesses e a vontade dos cidadãos americanos.

Segundo o grupo, 77% dos eleitores registrados apoiam a participação dos EUA no acordo. Entre os democratas a aceitação sobe para 92%, enquanto os republicanos somam 60%. Ao todo, cinco em cada seis eleitores dizem acreditar que os EUA devem permanecer no acordo.

Em junho de 2017, o presidente Donald Trump anunciou que os EUA deixariam o acordo assinado em 2015 por 195 partes durante a COP21 —que aconteceu em Paris, na França. Na época, Trump alegou que defendia os interesses americanos, uma “reafirmação da soberania americana”. ​

“Fui eleito para representar os eleitores de Pittsburgh [cidade industrial no Estado da Pensilvânia], não de Paris”, disse na ocasião.

O Acordo de Paris

O tratado de Paris é a principal iniciativa global para frear as mudanças climáticas, criando o compromisso de manter o aquecimento da Terra abaixo de 2°C (em relação à era pré-industrial) até o fim do século, tentando limitá-lo a 1,5°C.

A saída dos EUA deve comprometer metas do acordo e mudar a forma como outros governos, sobretudo os de países em desenvolvimento como China e Índia, tratam o compromisso.

Durante as negociações, esses países arrogaram-se o “direito de poluir” por mais tempo, já que sua industrialização e sua consequente ação poluidora é mais tardia.

Até o momento, das 197 partes do tratado, 187 ratificaram o tratado, ou seja, o documento assinado pelas partes passa a ter valor legal.

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