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Economia Os executivos brasileiros estão otimistas quanto às perspectivas de crescimento da economia brasileira para os próximos três anos

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No entanto, os executivos estão cautelosos quanto às expectativas em relação às suas próprias organizações para o mesmo período. (Foto: Reprodução)

Os executivos brasileiros estão otimistas quanto às perspectivas de crescimento da economia brasileira para os próximos três anos, mas cautelosos quanto às expectativas em relação às suas próprias organizações para o mesmo período. As informações são do jornal Valor Econômico.

A constatação é de uma pesquisa anual realizada pela KPMG com 50 diretores-presidentes de companhias de diversas áreas de atuação. Ela é parte de um estudo que abrange 2.535 líderes de empresas em outros 63 países. Mais da metade (60%) dos entrevistados atua em empresas de capital fechado, com 56% delas tendo faturado entre US$ 1 bilhão e US$ 9,9 bilhões no ano passado.

Segundo o levantamento, o número de executivos que se diz “muito confiante” quanto ao crescimento econômico do país nos próximos três anos atingiu 42%, acima dos 9% que demonstrou o mesmo nível de entusiasmo no ano passado. Mas a quantidade de dirigentes que respondeu o mesmo em relação ao crescimento de sua empresa recuou — eram 57% no exercício anterior e agora são 44%.

Uma novidade foi o surgimento de uma parcela de 12% que demonstrou estar “neutro” quanto às perspectivas de crescimento de suas organizações, o que não aparecia no levantamento do ano passado. O número de executivos que está “confiante” subiu de 43% para 44%.

O descompasso entre a expectativa de crescimento da economia e das empresas, de acordo com Charles Krieck, presidente da KPMG no Brasil e na América do Sul, mostra que os executivos estão levando em consideração as lições aprendidas na última recessão e aguardam a estabilização da economia para voltarem a investir. “Tem otimismo [entre os empresários], sem dúvida, mas com cautela, porque quem já se machucou não quer se arriscar novamente”, diz.

O espírito de “otimismo cauteloso” aparece quando se olha para as respostas dos executivos quanto ao crescimento da receita nos próximos três anos e a propensão para contratações.

Nos dois levantamentos, a maioria dos executivos brasileiros afirmou que tinha expectativas de um crescimento mínimo de receitas no próximo triênio, de até 2% ao ano. Pensavam desta maneira 87% dos entrevistados em 2018. No atual levantamento, a quantidade que disse o mesmo é de 64%. Ao mesmo tempo, aumentou o percentual que acredita em um crescimento de 2% a 5% — eram apenas 8% no ano passado e agora são 30%.

No caso das contratações, 74% dos entrevistados respondeu que espera aumento de menos de 5% no número de funcionários. Em 2018, o percentual foi de 85%. A quantidade de executivos que espera um avanço de 6% a 10% no quadro de funcionários passou de 11% para 18%.

O estudo foi feito entre janeiro e fevereiro, antes de os primeiros dados demonstrarem que o Brasil entrou em recessão no primeiro trimestre. O presidente da KPMG no Brasil e na América do Sul disse que voltou a ouvir alguns executivos e constatou que o nível de otimismo permanece praticamente o mesmo.

A adoção de medidas pró-mercado, principalmente a reforma da Previdência, são vistas como chave para os empresários se sentirem à vontade para investir, ao estabilizar a economia.

A demora para a resolução do que precisa ser resolvido deixa os empresários cautelosos”, diz Krieck. “No momento em que se resolver a reforma da Previdência, uma série de investimentos deve sair do papel.”

Comparando com seus pares internacionais, a pesquisa mostra os executivos brasileiros menos otimistas. A soma dos executivos “muito confiantes” e “confiantes” em relação ao país chega a 76%. No restante do mundo, o grupo dos mais otimistas perfaz um total de 83%.

Também é relativamente menor a proporção de executivos brasileiros mais otimistas em relação às suas empresas. Apesar de 82% apresentar confiança intensa ou moderada quanto aos seus negócios, no restante do mundo esse universo atinge 94%.

Mesmo com a confiança um pouco menor, Krieck demonstra otimismo. “Continuo ouvindo dos empresários que eles têm vontade de investir”, afirma.

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