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Por Redação O Sul | 24 de junho de 2019
Os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 1,417 bilhão em maio deste ano, uma queda de 8,9% em relação ao que foi gasto em viagens ao exterior em maio do ano passado, informou o BC (Banco Central) nesta segunda-feira (24). As informações são do portal de notícias G1 e da Agência Brasil.
Em maio de 2018, os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 1,615 bilhão. A queda dos gastos de brasileiros lá fora acontece em um momento de alta do dólar.
Segundo o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, em maio de 2018 a taxa de câmbio média foi de R$ 3,64, já em maio deste ano o câmbio médio ficou em R$ 4,00.
“Houve uma desvalorização de 10% do real. Isso torna mais cara a despesa no exterior, quando avaliada em reais. Você precisa de mais Reais para comprar a mesma quantidade de dólares. Esse processo já temos olhado há algum tempo”, disse.
De janeiro a maio, as despesas de brasileiros lá fora somaram US$ 7,28 bilhões. Com isso, foi registrada queda de 9,96% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 8,086 bilhões.
Gastos de estrangeiros no Brasil
Em maio deste ano, informou o Banco Central, os estrangeiros gastaram US$ 418 milhões no Brasil, com uma pequena queda frente ao patamar registrado no mesmo mês de 2018 (US$ 429 milhões).
Já nos cinco primeiros meses de 2019, informou a instituição, as despesas de estrangeiros no Brasil totalizaram US$ 2,701 bilhões, contra US$ 2,862 bilhões no mesmo período do ano passado.
Contas externas
As contas externas fecharam o mês de maio com saldo positivo. O superávit em transações correntes, compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com outras nações, chegou a US$ 662 milhões em maio, segundo os dados divulgados pelo Banco Central (BC). Em igual mês de 2018, também houve superávit: US$ 900 milhões.
Segundo Fernando Rocha, é comum haver resultados positivos em maio devido ao aumento das exportações de produtos agrícolas, o que leva a aumento do superávit comercial. “As exportações de produtos agrícolas, tais como soja, são mais favoráveis. É quando se concentram os embarques”, disse Rocha.
De janeiro a maio, o déficit chegou a US$ 7,576 bilhões, contra US$ 8,162 bilhões em igual período do ano passado.
Entre os dados das contas externas está a balança comercial, que registrou superávit de US$ 5,686 bilhões, em maio e acumulou US$ 20,585 bilhões, nos cinco meses do ano.