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Mundo Os governos da China e da Rússia criticaram a nova estratégia de segurança nacional divulgada pelo presidente norte-americano Donald Trump, que considera os dois países como “potências adversárias” dos Estados Unidos

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Moscou e Pequim consideram o líder republicano um "imperialista unipolar". (Foto: Reprodução)

Nessa terça-feira, os governos de China e Rússia reagiram duramente à nova Estratégia de Segurança Nacional (NSS, na sigla em inglês) divulgada ontem pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No documento, ambos os países aparecem como “potências adversárias”, que oferecem desafios ao poderio norte-americano.

“China e Rússia desafiam o poder dos Estados Unidos, sua influência e seus interesses e tentam erodir a segurança e a prosperidade dos Estados Unidos”, diz a NSS, detalhada em 68 páginas. Em relação a Moscou, o texto também considera que o arsenal nuclear russo é, nesse momento, “a maior ameaça para a existência dos Estados Unidos”.

“Qualquer país, qualquer relatório, que distorça os fatos, ou calunie de forma maliciosa, apenas fará isso em vão”, declarou a porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Hua Chunying, referindo-se a uma “mentalidade de Guerra Fria”. Na NSS de Trump, a China é vista como uma “potência revisionista”, que busca superar os Estados Unidos na Ásia, roubar informação, ou querer estender seu “sistema autoritário”.

“Ao contrário das nossas esperanças, a China expandiu seu poder às custas da soberania de terceiros”, acrescenta o texto.
“Exigimos dos Estados Unidos que parem de distorcer, propositadamente, as intenções estratégicas da China e que deixem de lado noções obsoletas, como a mentalidade de Guerra Fria e o jogo de soma zero, caso contrário, apenas prejudicará a si mesmo, ou terceiros”, completou Hua.

A porta-voz também fez uma vigorosa defesa da política externa de Pequim. “A China nunca perseguirá seu próprio desenvolvimento às custas dos interesses dos outros países”, frisou, ressaltando, porém, que, “ao mesmo tempo, nunca vamos desistir dos nossos interesses e direitos legítimos”.

O conteúdo da nova Estratégia de Segurança Nacional contrasta com a cordial primeira visita oficial de Trump a Pequim, em novembro passado. Nesse mês, o presidente americano foi recebido com todas as honras na China e, ao longo da viagem, elogiou várias vezes o colega Xi Jinping.

Os dois países se encontram, porém, imersos em uma intensa rivalidade comercial. Washington tomou medidas aduaneiras sem precedentes contra os produtos fabricados na China.

“Imperialismo”

Já a Rússia denunciou o “caráter imperialista” do relatório de estratégia nacional e acusou Washington de se ater a uma “visão de mundo unipolar”, ou seja, onde o domínio é exercido exclusivamente pelos Estados Unidos. “O caráter imperialista deste documento é evidente, tanto quanto a recusa a renunciar a um mundo unipolar, uma recusa insistente”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

O governo russo “não pode aceitar que tratem o país como uma ameaça à segurança dos Estados Unidos”, completou. “No entanto, há modestos pontos positivos. Entre eles, a vontade de cooperar com a Rússia em áreas que correspondem aos interesses americanos”, disse Peskov. “Isto coincide com nossa abordagem, porque Moscou também busca cooperar com os Estados Unidos onde isto serviria aos nossos interesses”, completou.

Naq segunda-feira, ao anunciar a NSS, Trump tentou adotar um tom menos agressivo, e seu discurso elogiou a colaboração entre os serviços de Inteligência russos e americanos. Segundo Moscou, foi possível evitar um atentado em São Petersburgo graças a essa cooperação. “Foram capazes de deter terroristas sem qualquer perda humana”, disse Trump, acrescentando que “milhares” de pessoas poderiam ter morrido. “É assim que as coisas devem funcionar”, frisou.

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