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Por Redação O Sul | 25 de janeiro de 2018
Em busca de um rosto menos bochechudo e mais sensual, com aquela leve reentrância abaixo da maçã, muitas mulheres têm recorrido à bichectomia, uma cirurgia em que se retira as bolsas de gordura da lateral da face.
O alvoroço em torno das maravilhas do procedimento vem acompanhado de um alerta dos especialistas: tal cirurgia oferece riscos, como infecção, sangramento, hematoma, lesão nervosa e lesão no ducto da glândula parótida, que é o canal da saliva.
Não raro, a cirurgia também antecipa o envelhecimento do rosto, porque retira precocemente uma camada de gordura que já seria absorvida com o tempo. Cirurgiões plásticos e dermatologistas relataram que receberam, ao longo de 2017, mais pacientes do que em anos anteriores à procura de consertar algum problema decorrente da bichectomia.
A operação dura entre 30 minutos e uma hora e pode ser feita com anestesia local, geral ou local com sedação. O corte é feito por dentro da cavidade oral, na mucosa, e por isso não existe cicatriz aparente. É possível retirar toda a gordura dessa região ou parte dela, dependendo do pedido do paciente e da avaliação do médico. Embora seja comum especialistas afirmarem que pessoas com volume excessivo na bochecha podem se beneficiar do procedimento, a dermatologista Gabriella Albuquerque lembra que o padrão de beleza atual exerce grande influência sobre o que é considerado excessivo.
“A grande procura é para deixar de ter um rosto angelical, com bochechas, algo que para a maioria das pessoas jovens é natural, e ter um rosto sensual. As cavidades na face são o que se entende hoje por sensualidade. O que me espanta é que essa onda de bichectomias começou de um ano para cá, e muitas mulheres estão achando que é normal fazer essa cirurgia”, diz a médica.