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Armando Burd Mesmos problemas 10 anos depois

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Em reunião com a bancada federal gaúcha em Brasília, a 28 de fevereiro de 2007, os secretários da Fazenda, Aod Cunha, e do Planejamento, Ariosto Culau, anunciaram a previsão otimista de crescimento econômico para o Estado. Conforme estudo do governo, o Produto Interno Bruto do Rio Grande do Sul teria crescimento de 5 por cento, devido à elevação da produtividade nas plantações de milho e de soja e à atividade industrial.
Apesar da boa notícia, os secretários disseram que a situação financeira permaneceria difícil, mesmo com os esforços para garantir a redução de despesas. O reaquecimento do Produto Interno Bruto não seria suficiente para resolver o problema do déficit estrutural do Estado.
O apelo dos secretários aos parlamentares foi no sentido da obtenção de recursos orçamentários da União, além da reestruturação da dívida com a União, que chegava a 34 bilhões de reais, e o ressarcimento pela desoneração das exportações.
O que mudou passados 10 anos?

TENTATIVA DE REATAMENTO
O Executivo comete erro ao isolar a maior parte dos aliados na Assembleia das renegociações da dívida com governo federal. O deputado Frederico Antunes tenta corrigir ao convidar o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, para comparecer à Comissão de Finanças e explicar os passos que estão sendo dados.
Quando parlamentares se rebelam e votam contra projetos do governo, soam vozes de lamento no Palácio Piratini.

CONFUSÃO NA TORRE
Segundo o Antigo Testamento, os descendentes de Noé empreenderam a construção de uma torre com infindáveis andares que simbolizasse o poder e tentasse alcançar o céu. Foram punidos com o uso de uma linguagem confusa, a ponto de não mais se entenderem. Ficou o mito da Torre de Babel que tem versão em Brasília. O bloco governista costuma ter forte parentesco com as birutas dos aeroportos pela facilidade de mudar de direção, dependendo dos ventos. Mais: partidos de posições antagônicas se aproximam, maquinações de bastidores se sucedem em gabinetes e cartas estão guardadas nas mangas. Especula-se sobre o castigo a que serão submetidos.

COMO SAIR DO LABIRINTO?
A interferência do Estado na atividade econômica tem sido crescente no Brasil, avalia a Heritage Foundation, de Washington. Os gastos do setor público chegam a 39,5 por cento do Produto Interno Bruto e o retorno todos nós conhecemos. O cenário é da burocracia travando o empreendedorismo e a corrupção erigida como fator de competitividade.

DESPRENDIMENTO
Completa-se hoje um ano da nomeação de José Eduardo Cardozo para comandar a Advocacia Geral da União. Deixou o Ministério da Justiça, sendo substituído pelo desconhecido Wellington César, indicado pelo chefe da Casa Civil do Planalto, Jaques Wagner. Pouco tempo depois, ao se iniciar o impeachment, Cardozo demonstrou lealdade com a presidente Dilma Rousseff ao se empenhar com rara dedicação na defesa.

RÁPIDAS
* Em vigor o fim da boca livre: autoridades federais estão proibidas de frequentar camarotes de empresas no Carnaval.
* Inimaginável hoje: o rendimento da caderneta de poupança atingiu 20,5 por cento em fevereiro de 1987.
* Com José Yunes no palco do Oscar, não haveria confusão. Ele conhece o conteúdo de qualquer envelope sem abrir.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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Existe para ser desrespeitada
Para americanos, Brasil tem classe média “raivosa”
https://www.osul.com.br/os-mesmos-problemas-10-anos-depois/ Mesmos problemas 10 anos depois 2017-02-28
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