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Por Redação O Sul | 26 de dezembro de 2018
Os automóveis compactos que obtiveram os melhores resultados nos testes Folha-Mauá 2018 têm motor 1.0 flex. Chevrolet Prisma Joy, Renault Kwid e Volkswagen Virtus levaram vantagem na avaliação, que envolveu 93 modelos. O resultado se deve ao baixo peso ou ao uso do turbo nesses carros. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
A evolução é percebida na comparação com antecessores que também passaram pelas provas. Desde 1996, o desempenho e o consumo dos carros à venda no Brasil são verificados pela Folha em parceria com o Instituto Mauá de Tecnologia.
Em 2008, o Renault Sandero com motor 1.6 (95 cv) conseguia percorrer 7,6 quilômetros na cidade com um litro de etanol e chegava aos 100 km/h em 13,8 segundos.
Hoje, o popular Kwid 1.0, que tem 20 cv a menos de potência, é pouco inferior em desempenho e vai mais longe: sua média urbana é de 12 km/l.
Luiz Fernando Pedrucci, presidente da Renault para a América Latina, afirma que o projeto do Kwid tinha, desde o início, o objetivo de oferecer desempenho com baixo consumo de combustível.
A equação foi resolvida com materiais leves usados na construção e no acabamento. O modelo popular pesa 786 kg na versão Intense (R$ 42 mil) -269 kg a menos do que o Sandero de 2008.
A evolução do sedã Virtus em comparação ao Volkswagen Polo 2.0 GT de dez anos atrás também é expressiva.
O modelo antigo era considerado um esportivo com seu motor flex de 120 cv, mas a prova de aceleração de 0 a 100 km/h foi cumprida nos mesmos 10,4s do carro atual, que tem motor 1.0 turbo (128 cv).
No consumo, o Volkswagen Polo GT registrou a média urbana de 7,5 km/l com etanol. O Virtus roda mais: 9,8 km/l na cidade com o mesmo combustível no tanque.
As melhorias ocorrem por necessidade. Além de os consumidores estarem mais exigentes, as marcas precisam atender a normas ambientais. A cada mudança na legislação, é preciso reduzir as emissões de poluentes e de CO₂ (gás carbônico).
As marcas desenvolvem tecnologias para poupar combustível e fazem mudanças que são percebidas no uso cotidiano do carro. Há menos paradas no posto para reabastecer.
No Chevrolet Prisma Joy, vencedor em três provas de consumo, o segredo está na evolução do motor e do câmbio. A base é a mesma do 1.0 VHC que equipava o Corsa Classic em 2008, mas o carro atual é capaz de percorrer 16,6 quilômetros na estrada com um litro de etanol, enquanto a média rodoviária do antecessor era de 12,1 km/l.
Um novo salto evolutivo deve ocorrer entre 2019 e 2020. Com a aprovação do programa de incentivo Rota 2030, as marcas precisarão aumentar a eficiência de seus automóveis para obter benefícios fiscais e melhorar a rentabilidade. As mudanças serão refletidas nos futuros testes de consumo e desempenho.
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