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Brasil Os novos projetos para a Amazônia estão ameaçados

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O Brasil receberá no máximo 35 milhões de dólares em 2017. (Foto: Reprodução)

Diante de um corte inédito de apoio financeiro da Noruega ao Brasil por causa do desmatamento florestal, a parcela de recursos que será enviada ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2017 por Oslo não será suficiente sequer para atender a todos os novos projetos em consideração pelo governo para o Fundo da Amazônia.

O Estado apurou que, no total, o Brasil receberá no máximo 35 milhões de dólares em 2017, um valor muito menor do que a média de 110 milhões de dólares enviados anualmente. Os dados são do Ministério do Meio Ambiente da Noruega. O corte, que chega a 250 milhões de dólares, terá um impacto real nos programas ambientais e de preservação.

O Fundo, que é administrado pelo BNDES, tem até agora em 2017 apenas três projetos aprovados. Mas outros 19 estavam sob análise ou em consultas. No total, para que fossem aprovados, o fundo precisaria desembolsar 175 milhões de dólares, cinco vezes o valor que a Noruega repassará ao Brasil.

Para calcular o repasse de apenas 35 milhões de dólares, a Noruega considerou a taxa de desmatamento. Quanto maior ela for, menor o dinheiro liberado. Por um acordo de 2008, a Noruega destinou já 1,1 bilhão de dólares ao Brasil, para um fundo do BNDES. Mas outros 500 milhões de dólares ainda seriam enviados até 2020.

O banco diz que metade do dinheiro que tem do Fundo da Amazônia já está comprometido e o restante ainda poderia ser usado. Mas fontes dentro do Ministério do Meio Ambiente admitem que tal lógica vale apenas para aqueles programas já aprovados, uma vez que muitos deles ainda precisam receber parcelas que são liberadas anualmente.

O risco seria para as novas iniciativas que, agora, podem ser engavetadas até que os recursos voltem. Os problemas, porém, podem ser ainda mais profundos nos próximos anos, se o desmatamento continuar. O governo norueguês indicou que o pagamento pode simplesmente desaparecer em 2018 ou 2019 – se o País não atingir as metas de redução de desmatamento.

Lava-Jato

Ao lado do presidente Michel Temer, a primeira-ministra da Noruega Erna Solberg afirmou na semana passada que está preocupada com as consequências do escândalo de corrupção investigado pela Operação Lava-Jato e defendeu a busca por “uma solução”. “É preciso fazer uma limpeza”, declarou Erna.

A primeira-ministra norueguesa também chamou as recentes crises políticas no Brasil de “tempos turbulentos”. “Mesmo nesse período desafiante que se instalou agora, mais empresas se instalaram no Brasil”, continuou. Temer disse apenas que as instituições no Brasil funcionam com regularidade extraordinária e que que as medidas que estão sendo tomadas são amparadas pela Constituição e incentivadas pelo governo. E tentou conter a insatisfação da Noruega, principal doadora do Fundo Amazônia, em relação ao avanço do desmatamento. Assim, ressaltou que vetou dispositivos vetados pelo Congresso Nacional que reduziriam áreas de proteção ambiental, mas, ao exemplificar a medida para ampliar parques nacionais, o presidente precisou de ajuda da comitiva brasileira.

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