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Saúde Os pais estão cada vez mais perdidos na missão de criar e educar os filhos

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Na tentativa de responder às expectativas de criar crianças bem-sucedidas, por exemplo, pais enchem suas agendas de cursos e atividades. (Foto: Reprodução)

Informação é o que não falta, mas os pais estão cada vez mais perdidos na missão de criar e educar os filhos. Os desafios são muitos: o mundo em rápida transformação; a supervalorização da juventude, que tira a autoridade dos pais; o estilo de vida atual, com sua confusão de valores; e uma visão estreita da educação, que não considera o contexto social. Além do mais, muita informação obriga a fazer escolhas, e muitos pais estão fartos de ter de fazê-las. Eles procuram é “a fórmula”, e querem saber qual é “o caminho” para educar bem os pequenos.

O diagnóstico é da psicóloga Rosely Sayão, 66 anos, que lança novo livro pela editora Três Estrelas, intitulado “Educação Sem Blá-blá-blá: Como Preparar seus Filhos e Alunos para o Convívio Familiar, a Escola e a Vida”.

Apesar do cenário difícil, Rosely rejeita o rótulo de pessimista. O livro trata da relação familiar, da autonomia, das decisões sobre a vida dos filhos, os direitos e responsabilidades das crianças e a confusão entre os papéis que cabem aos pais e à escola, entre outros temas caros a quem tem ou pretende ter filhos. Embora chame a atenção para equívocos, como a permissão para que as crianças façam escolhas para as quais não estão preparadas, ou ainda, a insistência em poupá-las dos sofrimentos inevitáveis da vida, Rosely dirige um olhar compassivo para os adultos, que considera vítimas de pressões sociais.

Na tentativa de responder às expectativas de criar crianças bem-sucedidas, por exemplo, pais enchem suas agendas de cursos e atividades, mas colhem frutos bem menos brilhantes: filhos que não têm tempo para a infância. E o mundo virtual, fonte de muitas dúvidas e angústias dos pais – que, ao contrário dos filhos, não são nativos digitais – merece um capítulo exclusivo.

Universo da internet.

Rosely enfatiza que o discernimento para lidar com o mundo digital é o mais importante. “O que importa é o conhecimento, a maturidade, o contexto, e essas ferramentas são os pais quem têm.” Como o adolescente e a criança não percebem que estão em um ambiente público na rede, Rosely defende a tutela no uso da internet. “Os pais deixam os filhos sozinhos na praça?”, provoca. Segundo ela, não se trata apenas de segurança. O grande risco é os jovens se perderem na experimentação de outros papéis. “Como a identidade deles está em formação, há o risco de não saberem voltar”, afirma.

E a privacidade dos mais novos, como fica? “Os pais perguntam quantas meninas o filho beijou na balada, isso tira a privacidade. Tutela é dever dos pais”, assegura.

Os desafios da escola também têm espaço no livro. Para Rosely, as famílias estão mudando, na configuração e na dinâmica, enquanto a instituição continua “igualzinha”. Ensinar conteúdo, destaca, é uma perda de tempo, já que a internet é uma fonte de informação bem mais atraente. Além disso, a escola e os pais vivem uma confusão de papéis, cuja raiz é a dificuldade atual de se separar a vida pública e a privada. Aos pais ansiosos com os deveres de casa e o desempenho dos filhos, Rosely faz um alerta: acompanhar a vida escolar significa tentar entender se a criança está curiosa e consegue utilizar o que aprendeu nas situações da vida.

Resgate da vida familiar.
“O que percebo hoje – e isso é um fenômeno pelo qual vamos pagar caro – é que as vidas dos pais e dos filhos têm mediação excessiva da escola. Os pais têm pouco tempo para ficar com o filho e ainda têm que administrar a vida escolar dele… Não sobra tempo para cozinharem juntos, para contar histórias. Isso é que é vida familiar”, afirma. As crianças necessitam de um olhar mais amoroso, alerta a psicóloga, que observa que a sua missão é fazer os pais “pensarem como adultos”. (Folhapress)

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https://www.osul.com.br/os-pais-estao-cada-vez-mais-perdidos-na-missao-de-criar-e-educar-os-filhos/ Os pais estão cada vez mais perdidos na missão de criar e educar os filhos 2016-07-14
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