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Mundo Os presidentes do Mercosul emitiram notas sobre a Venezuela e a Nicarágua

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Levantamento indica que, durante a pandemia, governos da região usaram indevidamente estados de emergência para concentrar poder. (Foto: Reprodução)

Os presidentes dos países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) emitiram nesta segunda-feira (18) duas resoluções nas quais expressaram preocupação com a situação política e social da Nicarágua e da Venezuela e pediram que sejam encontradas soluções para suas populações. As resoluções foram lidas pelo presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, que assumiu o comando do Mercosul em substituição ao presidente do Paraguai, Horacio Cartes. A presidência do Mercosul é temporária e dura seis meses, obedecendo ao sistema de rodízio estabelecido pelo bloco.

Na primeira resolução, o Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai e com Bolívia em processo de adesão, condena “todo tipo de violência” na Nicarágua e pediu que seja “retomado o diálogo” para “estabelecer uma solução pacífica para a grave crise”.

Além disso, a resolução apela às autoridades que “respeitem a institucionalidade democrática e garantam o direito da população a se manifestar”.

Crises

Na Venezuela, a crise política e econômica gera uma série de efeitos. Os presidentes das nações que integram o bloco demonstraram preocupação com o “aumento do fluxo migratório de venezuelanos”, que obriga os países da região a “coordenarem esforços para dar respostas integrais em matéria migratória e de asilo”.

Foi feito um apelo para que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, faça uma “coordenação com a comunidade internacional” para encontrar uma solução para a crise no país. “[O Mercosul reiterou] sua vontade e seus compromissos de apoiar o povo irmão venezuelano nos esforços que reivindica.”

Desde 2017, o Mercosul suspendeu a Venezuela do bloco por uma “ruptura da ordem democrática”.

Nicarágua

Desde abril, a Nicarágua vive a crise política mais violenta desde os anos 1980. Até o momento, já foram registradas cerca de 200 mortes. Os manifestantes saem às ruas contra o presidente Daniel Ortega, que está no poder há 11 anos, e a reforma da Previdência Social.

No início do diálogo, os bispos católicos mediadores das conversas apresentaram a proposta da oposição de convidar organismos internacionais, como a Comissão Interamericana de Direitos Humanos e a UE (União Europeia), para observar a situação no país, mas a delegação oficial se opôs.

“É lamentável, deplorável, triste que não possamos chegar a um acordo”, o que coloca “a estabilidade da nação em perigo”, declarou o bispo auxiliar de Manágua Silvio Baez, um dos hierarcas católicos que mediam o diálogo nacional. A proposta foi promovida pela opositora Aliança Cívica, integrada por estudantes, empresários e a sociedade civil, diante da violência no país pela ação das forças policiais e paramilitares contra os protestos.

A oposição, por sua vez, recusou-se a aprovar uma moção do governo, representado pelo chanceler Denis Moncada, pedindo a suspensão dos bloqueios que os manifestantes mantêm nas estradas principais, e convidar a ONU (Organização das Nações Unidas) e a OEA (Organização dos Estados Americanos) a oferecer “acompanhamento para o fortalecimento do diálogo”.

“Temos que deter a repressão do Estado da Nicarágua, do governo contra a população. Vocês têm armas, entregaram as armas aos paramilitares”, assinalou Sandra Ramos, uma das representantes da aliança no diálogo. “Presidente, está em suas mãos que a repressão termine”, exigiu o líder estudantil Lesther Alemán.

Na sexta-feira (15), milhares de nicaraguenses retornaram a suas atividades, após uma greve quase geral na quinta-feira, que a oposição espera que acabe de convencer o presidente que o país quer negociar uma mudança por meios pacíficos.

“Esperamos que saia do diálogo algo positivo para que se resolva esse massacre. Que Ortega vá embora. É o que a maioria quer”, declarou Mario Pérez, mecânico de um dos bairros à leste da capital, que estava com manifestantes que foram cercados por forças policiais e de choque do governo.

 

 

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https://www.osul.com.br/os-presidentes-do-mercosul-emitiram-notas-sobre-a-venezuela-e-a-nicaragua/ Os presidentes do Mercosul emitiram notas sobre a Venezuela e a Nicarágua 2018-06-18
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