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Educação Os professores alemães defendem a proibição de celulares em escolas

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O Parlamento francês já aprovou definitivamente a proibição de telefones celulares em escolas públicas. (Foto: Reprodução)

A Associação Alemã de Professores (DL, na sigla em alemão) defende que crianças com menos de 14 anos de idade sejam proibidas de usar telefones celulares na escola, citando preocupações com bullying. As informações são da emissora internacional de notícias da Alemanha Deutsche Welle.

“Durante o recreio, o celular é uma fonte permanente de bullying”, disse o presidente da associação, Heinz-Peter Meidinger. “Hoje, quase todo o bullying físico é acompanhado de bullying na internet e nas redes sociais.”

Meidinger afirmou que um dos motivos pelos quais defende uma proibição dos celulares é a possibilidade de, no pior dos casos, o bullying online levar a suicídios. A vizinha França já decidiu banir celulares das escolas públicas.

De acordo com a empresa de pesquisa de mercado Statista, 88% das crianças alemãs com idades entre 12 e 13 anos tinham um celular no ano passado. Na faixa dos 16 aos 18 anos, o percentual era de 94%.

Diversos estudos apontam que o uso de smartphones por alunos pode levar a um aumento de comportamentos como bullying e compartilhamento de conteúdo inapropriado.

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), cerca de metade das crianças e adolescentes mundo afora já foi vítima de bullying – termo que inclui violência física e psicológica – por parte de seus colegas de escola.

Um estudo realizado pela Universidade Estadual de Bridgewater, nos Estados Unidos, concluiu que o risco de sofrer bullying aumenta quando se possui um smartphone.

Parlamento francês

O Parlamento francês aprovou definitivamente a proibição de telefones celulares em escolas públicas. A lei é uma promessa de campanha do presidente Emmanuel Macron e chegou a ser chamada pelo governo de “medida de desintoxicação” contra a distração nas salas de aula.

A medida deverá entrar em vigor em setembro, quando começa o novo ano escolar. Ela proíbe o uso de qualquer objeto conectado, como celulares, tablets e relógios, em écoles e collèges (crianças de 6 a 14 ou 15 anos).

Haverá exceções “para uso pedagógico”, que serão apreciadas por cada instituição em seu regulamento interno, ou para crianças e adolescentes com deficiência. As atividades de ensino fora da sala de aula, como esporte, também serão afetadas.

Já os liceus, que perfazem a segunda etapa do ensino secundário francês, terão a possibilidade – mas não a obrigação – de proibir total ou parcialmente os telefones celulares e outros aparelhos conectados.

A bancada parlamentar de apoio ao presidente e do centro votou a favor do texto no dia 31 de julho durante o voto definitivo na Assembleia Nacional. Direita e esquerda se abstiveram, atacando “uma operação de comunicação”, “exibição política” e “uma lei circunstancial que não vai mudar nada”.

Críticos da medida afirmam que a proibição é inútil e que não teria como ser colocada em prática, pois não prevê sanções em casos de desobediência. Partidos de oposição argumentam ainda que desde 2010 há uma lei que proíbe o uso de celular durante as aulas.

Desde a promulgação de uma lei, em 2010, o Código de Educação proíbe os celulares “durante toda atividade de ensino e nos locais previstos pelo regulamento interno”.

Atualmente, os alunos franceses não podem usar seus celulares dentro da sala de aula, e as escolas podem ampliar a proibição em seu regulamento interno. No futuro, será diferente: o uso do celular será banido em todo o espaço escolar.

O ministro francês da Educação, Jean-Michel Blanquer, elogiou uma lei que “envia uma mensagem à sociedade francesa”, mas também ao exterior, com “outros países interessados”. Blanquer descreveu a lei como uma “abordagem moderna das tecnologias”, caracterizada pelo “discernimento”.

Antes da votação, professores vinham pedindo uma proibição de aparelhos ligados à internet para combater a distração crescente dos alunos na sala de aula, num contexto em que quase nove entre dez adolescentes franceses entre 12 e 17 anos possuem um smartphone.

A lei também alveja proteger crianças e adolescentes de conteúdos perigosos online, como violência e pornografia, assim como o cyberbullying. O texto também facilita que professores confisquem os telefones em caso de necessidade.

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https://www.osul.com.br/os-professores-alemaes-defendem-a-proibicao-de-celulares-em-escolas/ Os professores alemães defendem a proibição de celulares em escolas 2018-09-09
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