Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral Os protestos na Rússia terminaram com 1.500 pessoas presas

Compartilhe esta notícia:

Protesto contra Putin organizado pelo líder opositor Alexei Navalny. (Foto: Reuters)

Os partidários do principal opositor ao Kremlin, Alexei Navalny, condenado na segunda-feira a 30 dias de detenção, serão julgados nesta terça-feira, um dia depois de uma jornada de protestos contra o presidente Vladimir Putin que terminou com mais de 1.700 detenções — mais do que as mil pessoas presas a última mobilização em 26 de março.

Nesta terça, o Kremlin considerou “perigosas” as manifestações anticorrupção. Navalny foi condenado a 30 dias de prisão — uma punição administrativa — por ter convocado manifestações não autorizadas em várias cidades, de Vladivostok, no extremo leste do país, até Kaliningrado, às margens do Mar Báltico.

“A realização de eventos autorizados, como previsto pela lei, não apresenta perigo (…) O que é perigoso, são as manifestações de provocação, é perigoso para as pessoas ao redor”, declarou à imprensa o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Navalny, que espera disputar contra Putin a eleição presidencial de março de 2018, foi detido na saída de seu prédio em Moscou, quando pretendia seguir até a manifestação não autorizada na avenida Tverskaya, via que segue até o Kremlin. Milhares de pessoas — 4.500, segundo a polícia — compareceram ao protesto aos gritos de “Rússia sem Putin” ou “Putin ladrão”.

Várias conclusões podem ser obtidas após as manifestações: os “jovens” de Putin, que conheceram apenas um presidente em toda sua vida, confirmaram sua mobilização, apesar das condenações anunciadas após outro dia de grandes protestos, 26 de março. Mas ainda é cedo para saber se este é um movimento sólido, pois a grande maioria dos russos não apoia Navalny e considera Putin uma garantia de estabilidade.

Em Moscou e outras cidades, a polícia respondeu com veemência e utilizou cassetetes para dispersar os manifestantes. Os detidos foram transportados em vários ônibus. A ONG russa OVD-Info indicou que 1.500 pessoas foram detidas, incluindo pelo menos 866 em Moscou e quase 600 em São Petersburgo (noroeste), de acordo com um balanço atualizado.

O julgamento dos manifestantes começa nesta terça-feira. Eles podem ser condenados a 15 dias de detenção, ou mais caso sejam considerados culpados de violência contra as forças de segurança.

A manifestação de segunda-feira representa um novo desafio para Putin, a nove meses da eleição presidencial, na qual ele pode se apresentar para aspirar um quarto mandato.

De acordo com o cientista político Gleb Pavlovski, ex-conselheiro de imagem do presidente, “não havia apenas pessoas pacíficas nas manifestações” de segunda-feira, “mas as autoridades perderam os nervos”.

A mobilização de 26 de março foi uma vitória para Navalny, mas a de 12 de junho não foi um sucesso nem um fracasso: mostrou que o conflito (entre os anti e os pró-Putin) aumenta mas não consegue mobilizar o suficiente — completou.

Mas o protesto confirma a presença de muitos estudantes, que não conheceram outro chefe de Estado ou de Governo que não fosse Vladimir Putin, no poder desde o ano 2000.

As detenções de segunda-feira foram criticadas pela Casa Branca e pelo Parlamento Europeu. (AG)

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

Uma advogada e o seu marido foram condenados a 15 anos de prisão por estelionato judicial no Rio Grande do Sul
A prefeitura de Porto Alegre recolheu sete cavalos por abandono nas ruas
https://www.osul.com.br/os-protestos-na-russia-terminaram-com-1-500-pessoas-presas/ Os protestos na Rússia terminaram com 1.500 pessoas presas 2017-06-13
Deixe seu comentário
Pode te interessar