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| Os robôs já estão entre nós, influenciando decisões e, até mesmo, o rumo de nossas vidas

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Humanoides no cotidiano são ficção, não por limitações técnicas, mas pela dificuldade das pessoas em lidar com isso. (Foto: Reprodução)

A maioria das pessoas acha que conviver com robôs é algo futurista, mas, de certo modo, eles já estão entre nós, influenciando decisões e, até mesmo, o rumo de nossas vidas. Do aplicativo que sugere sua próxima refeição, passando pelo serviço de streaming ofertando o filme que você vai assistir até os secretários pessoais, os sistemas de inteligência artificial são uma realidade.

Recentemente, Facebook e Microsoft lançaram plataformas que facilitam a criação de chatterbots, máquinas que conversam com o público de forma autônoma e com linguagem natural. Tudo isto constitui um caminho sem volta na opinião de especialistas que destacam os benefícios das maravilhas digitais, mas também alertam que o avanço dessas tecnologias pode, no futuro, tornar a inteligência humana obsoleta.

“Os humanos sempre contaram com ferramentas, esse é um dos aspectos que nos diferenciou dos outros animais”, destaca Carlos Nepomuceno, autor do livro “Curadoria Digital: Novo Modelo de Administração para o Sapiens 3.0”. “Cérebro sempre tivemos só um, mas agora estamos começando a contar com os artificiais”, frisa.

Humanoides no cotidiano são ficção, não por limitações técnicas, mas pela dificuldade das pessoas em lidar com isso. “Basta colocar um smartphone em um boneco que anda”, brinca o cientista de dados Ricardo Cappra, que atuou na estratégia digital da campanha presidencial do presidente americano Barack Obama, em 2008. O exemplo pode parecer forçado, mas faz sentido. Celulares modernos têm assistentes virtuais – Siri, Cortana e Google Now – que impressionam.

Com inteligência artificial, eles conhecem os hábitos dos donos e personalizam seu funcionamento. Além de realizar tarefas básicas, como organizar agenda, programar viagens e responder mensagens, eles analisam a rotina das pessoas e sugerem o horário em que devem sair de casa para o trabalho, considerando o tráfego no trajeto habitual, avaliam o histórico de buscas para oferecer notícias de interesse e podem até conversar, por voz, como uma “pessoa”. “Ver um computador ou um celular é normal, mas ver um semelhante a você, com processamento não natural, é assustador”, comenta.
A inteligência artificial está em incontáveis serviços. Sites de comércio eletrônico analisam o perfil de buscas e compras de cada cliente para fazer ofertas personalizadas.

Serviços de streaming de vídeo, como YouTube e Netflix, avaliam o que já foi assistido para sugerir opções ao gosto de cada um. Para especialistas, a digitalização facilitou a produção de informações, e a inteligência artificial surge como um filtro necessário.

Substituição do ser humano.
Mas nem todos são simpáticos ao fenômeno. O historiador israelense Yuval Harari, autor do best-seller “Sapiens – Uma Breve História da Humanidade”, acha que o ser humano se tornará obsoleto. Segundo ele, dentro de 40 anos, não só taxistas serão substituídos por carros autônomos, mas cerca de 50% de todos os empregos em economias avançadas.

Isso impõe um desafio de sobrevivência da própria espécie. “Provavelmente nós somos das últimas gerações do Homo sapiens. Um bebê nascido hoje ainda terá netos, mas não estou certo que esses netos terão netos, ao menos não humanos. Dentro de um século ou dois, os humanos se tornarão super-humanos ou desaparecerão. De qualquer forma, os seres que dominarão o planeta em 2200 serão mais diferentes de nós do que somos diferentes dos chimpanzés”, acredita. (AG)

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https://www.osul.com.br/os-robos-ja-estao-entre-nos-influenciando-decisoes-e-ate-mesmo-o-rumo-de-nossas-vidas/ Os robôs já estão entre nós, influenciando decisões e, até mesmo, o rumo de nossas vidas 2016-07-02
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