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Brasil Os três ex-governadores do Rio de Janeiro eleitos nos últimos 20 anos estão presos na cadeia

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Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador do Rio. (Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil)

Em uma sucessão de escândalos de corrupção, o Estado do Rio viu alguns dos principais líderes políticos dos últimos 20 anos irem para cadeia.

Dentro de um palácio, a poltrona usada por quem comanda o segundo Estado mais importante do País. Nas últimas duas décadas, todos os que sentaram lá acabaram tendo que acertar contas com a Justiça. Dos últimos quatro eleitos, três estão atrás das grades: Anthony Garotinho, a mulher dele, Rosinha Matheus, e Sérgio Cabral.

O atual governador, Luiz Fernando Pezão, já foi citado em delações premiadas e teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral, mas está recorrendo no cargo. Todos foram aliados, mas Garotinho e Cabral romperam em 2006 e só voltaram a ficar perto um do outro há um ano, quando os dois ficaram presos em Bangu.

O Ministério Público Federal narra que Pezão teria recebido valores indevidamente para utilizar na campanha eleitoral de 2014, quando foi reeleito para o governo do Estado – ele assumiu naquele mesmo ano, meses antes do pleito, após renúncia de Sérgio Cabral (PMDB-RJ), de quem era vice.

O ex-executivo da Odebrecht Benedicto Barbosa Júnior disse, em delação premiada, que Cabral negociou com a empreiteira mais de R$ 20 milhões, via caixa dois, para a campanha de Pezão.

Sérgio Cabral nunca mais saiu da cadeia. Já está condenado a 72 anos de prisão. Garotinho reconquistou a liberdade, mas preso de novo divide, mais uma vez, o presídio com o ex-aliado.

Agora, a cadeia pública em Benfica. Endereço dos presos da Lava-Jato, e onde estão outros políticos que também decidiram o destino do Estado nos últimos 20 anos. Jorge Picciani foi seis vezes presidente da Assembleia Legislativa; Paulo Melo, que tem sete mandatos, também presidiu a casa. Antes deles, o próprio Sérgio Cabral esteve à frente da Alerj.

Hoje, todos estão na Galeria C, no segundo andar do presídio. São nove celas com capacidade para 54 presos. Garotinho vai ficar em uma ala separada, porque é inimigo político do grupo.

A situação do Rio de Janeiro levou a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a dizer, na terça-feira (21), que o Estado vive um “clima de terra sem lei”. O juiz Sérgio Moro também falou, na terça, sobre a corrupção no Rio, em um evento em Curitiba. Ele disse que esquemas de corrupção parecidos com o da Petrobras podem ter se espalhado pelo País.

“O exemplo mais visível atualmente talvez seja o Estado do Rio de Janeiro, onde ali se verificou que puxando o fio de uma investigação, originada de corrupção em contratos da Petrobras, se identificou um esquema criminoso muito mais complexo e muito mais abrangente”, explicou o juiz.

E, quando revelados, os esquemas criminosos nos mostram que, dentro do palácio, o problema não é a poltrona e, sim, quem senta nela.

 

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