Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 24 de maio de 2017
Três gigantes da tecnologia – Google, Facebook e Microsoft – lançaram, nas últimas semanas, produtos com a mesma finalidade: monitorar, em vídeo, tudo que acontece em todos os lugares.
Na F8, feira anual do Facebook, em abril, Mark Zuckerberg distribuiu milhares de câmeras 360º para a plateia e pediu que todos postassem vídeos na rede social. “Estamos no começo dos anos dourados do vídeo on-line”, disse.
A companhia anunciou protótipos de aparelhos para gravar vídeos em 360º em alta definição, as Surround 360º, voltadas à criação de jogos ou filmes em realidade virtual. São várias câmeras potentes acopladas, e cada lente é chamada de “olho”.
O início da “era de ouro” foi marcado por casos de violência. Dois dias antes da F8, o homicídio de um idoso norte-americano foi transmitido ao vivo na rede. Em outro vídeo, um tailandês matou a filha de 11 meses e cometeu suicídio. Em resposta, o Facebook anunciou que contrataria 3.000 pessoas para monitorar conteúdo.
Na feira Microsoft Build, no início de maio, a novidade era um ambiente de trabalho completamente vigiado com equipamentos dotados de inteligência artificial, do Microsoft Cognitive Services.
Um objeto perigoso caiu no chão da indústria? Câmeras avisam o supervisor responsável. No hospital, se um paciente cardíaco se exercita mais do que deveria, as câmeras enxergam e uma enfermeira é avisada imediatamente. Um funcionário tirando uma “selfie” com uma britadeira é repreendido.
A ideia das empresas não é só capturar imagens a todo momento, mas também usar inteligência artificial para fazer a curadoria e interpretação do que está sendo gravado.
Para tornar o mundo ao redor ainda mais visível, novos dispositivos de segurança doméstica conseguem detectar imagens de intrusos e objetos fora do lugar usando apenas o sinal do wi-fi, sem câmeras.