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Literatura “Do osso ao pó”, de Júlio Menezes, compõe um relato dos anos 1980, “a década perdida”

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Cocaína, diversão, ódio, afetos, tudo pode acontecer nos inferninhos do centro da cidade. (Foto: Divulgação)

São Paulo, início ao fim dos anos 1980. Esse período culturalmente singular da história brasileira vira personagem na narrativa de “Do osso ao pó”. A tal “década perdida” é palco das maiores perversões possíveis, e todos aqueles que continuam a sustentar seus vícios noite após noite sentem-se como sobreviventes.

No início da sua vida adulta, Eduardo Conde vê tudo sair do controle após se envolver com as drogas e o crime – e toda sorte de pessoas que esses dois elementos trazem consigo. Ele é um homem introspectivo e apático que possui algumas fixações: a obsessão pelos ossos humanos, especialmente os de Aninha, e a ideia de que qualquer pessoa pode cometer um assassinato apenas desejando a morte do outro – até mesmo dos entes queridos – sem sujar as próprias mãos.

À beira do precipício e sob os efeitos colaterais de uma vida regada a excessos, o anti-herói vai se encontrar com seus fantasmas, sem esperanças de chegar a um bom destino. De aliados circunstanciais a amigos verdadeiros, o autor compõe personagens que contracenam com Eduardo em sua jornada de fracassos. Ele parece arrastar todos a sua volta com seu ímã inato para as mais sortidas desgraças. “Por essas e outras é que Amélia costumava dizer que ‘a gente só não faz verbo intransitivo’. A gente não faz chover, acontecer, nevar e não doemos e nem transbordamos. Quanto àquilo que for transitivo, direta ou indiretamente, somos capazes de tudo; matar, esquartejar, torturar, mentir… Sobretudo mentir.”

O autor

Júlio Menezes, em seu segundo romance, compõe em “Do osso ao pó” um relato da cena underground de uma grande cidade, na melhor tradição de autores como Pedro Juan Gutierrez. O leitor entra de cabeça no clima paranoico de suspense, crime, sexo e violência, sem chance de retorno. É fotógrafo de publicidade há mais de 20 anos e seu trabalho foi exposto em salões no Brasil e na Itália. Foi colunista da revista Riders. “Gasolina” é seu primeiro romance.

Trecho

“Para matar uma pessoa basta desejar que ela morra. Mas assim; ter que querer mesmo, de verdade. Sem culpa ou arrependimentos. O que mata a gente é a culpa; se não temos remorsos quem morre é o outro.”

Ficha técnica

Título: Do osso ao pó

Autor: Júlio Menezes

Páginas: 296

Formato: 14 x 21

Gênero: romance

ISBN: 978‑85‑8243-194-8

Preço: R$ 49,90

Editora: Draco

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