Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 21 de julho de 2016
Aproximadamente 360 milhões de pessoas sofrem com algum tipo de perda auditiva. Ao contrário do que muitos pensam, o problema não atinge somente idosos. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), os mais afetados são jovens e adultos. O hábito de ouvir música em alto volume coloca em risco a audição de cerca de 1 bilhão de jovens em todo o mundo. Em países desenvolvidos, mais de 43 milhões de pessoas, entre 12 e 35 anos, já sofrem de surdez incapacitante.
A OMS estima que metade das pessoas nessa faixa etária está exposta a riscos pelo uso excessivo de fones de ouvido e 40% pelos altos níveis de ruído em casas noturnas e bares. Doenças infecciosas, como rubéola e meningite, e uso de anti-inflamatórios também podem causar o problema.
Conforme o otorrinolaringologista Shiro Tomita, de 15% a 18% da população têm algum problema auditivo, de maior ou menor intensidade. “Antigamente havia mais casos com pessoas em torno de 42 a 45 anos, mas hoje a idade diminuiu. Em média, a população mundial vem desenvolvendo alguma dificuldade entre os 37 e 38 anos.”
Desinformação.
Pesquisa da empresa austríaca MED-EL em cinco capitais brasileiras apontou que falta conhecimento e informação para a identificação dos problemas auditivos. Mais da metade dos entrevistados não busca o conhecimento adequado (57%). Além disso, 64% não sabem como prevenir o problema.
Outra análise indica a dificuldade de aceitar essa condição. Apenas 40% das pessoas com perda auditiva reconhecem que ouvem mal. A falta de informação quanto às próteses auditivas atuais também faz com que a maioria demore, em média, seis anos para tomar uma providência.
“Não há demérito algum em usar aparelho auditivo. Atualmente, existem diversos tipos, com tecnologia digital, pequenos e quase imperceptíveis, que não ofendem a vaidade de quem os usa. O aparelho contribui para melhorar a autoestima e a qualidade de vida”, afirma a fonoaudióloga Isabela Carvalho.
O implante Colear, que faz com que o paciente passe a ouvir quase que normalmente, é oferecido pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Este implante tem sido um grande avanço e muitos pacientes têm se beneficiado, de acordo com o tipo e o grau do problema.
Mas para muitos a perda da audição ainda faz com que a vida social seja um grande obstáculo, inclusive para a família. Se não tratada adequadamente, a dificuldade de audição pode levar ao isolamento e à depressão. (AD)