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Brasil Padilha diz que troca de deputados na CCJ é “do jogo político”

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Padilha diz que governo está tranquilo com apoio no Congresso. (Foto: Reprodução)

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta sexta-feira (14) que as trocas de deputados na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados) são “do jogo político do Congresso Nacional”. Na quinta-feira, órgão aprovou um relatório que recomenda a rejeição da denúncia por corrupção contra o presidente, após parlamentares favoráveis à investigação serem substituídos.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, Padilha argumentou que os deputados substituídos fazem parte de partidos que fecharam questão contra a denúncia. “Como havia alguns que não tinham facilidade de assimilar essa orientação partidária, eles foram substituídos. Colocaram-se outros que tinham colocação garantida, porque iriam lá responder conforme a orientação do partido.”

O ministro afirmou que a troca de integrantes da comissão pelas lideranças dos partidos está prevista no regimento interno da Câmara. “Absolutamente normal, do jogo político do Congresso Nacional”, disse.

Temer foi denunciado por corrupção pela Procuradoria-Geral da República. A suspeita é que ele fosse o destinatário de uma mala com R$ 500 mil entregue por um executivo da JBS a um ex-assessor. O Supremo Tribunal Federal instaurou inquérito, mas precisa de aval da Câmara para dar prosseguimento à investigação.

O primeiro passo da tramitação da denúncia na Câmara era passar pela CCJ. Desde que a denúncia chegou à Casa, partidos da base aliada do governo fizeram 26 remanejamentos entre os integrantes do colegiado, substituindo deputados que haviam indicado voto contra Michel Temer.

O troca-troca gerou protestos. Pelos cálculos do deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), da oposição, se as mudanças não tivessem sido feitas, a CCJ teria aprovado um relatório do deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) que defendia o prosseguimento da denúncia por 37 a 28.

O relatório acabou rejeitado por 40 a 25. Na sequência, a CCJ aprovou o relatório do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que propôs a rejeição da denúncia contra Temer, por 41 votos a 24.

O relatório de Abi-Ackel, agora, será votado no plenário da Câmara, a quem cabe a palavra final sobre autorizar ou não o STF a analisar a denúncia contra o presidente. A votação está prevista para 2 de agosto, após o recesso parlamentar.

“Problema da oposição”

Após a vitória na comissão, Padilha, afirmou que “agora, o problema está com a oposição”, indicando que não há pressa em colocar o relatório em votação.

“O problema deixou de ser do governo, nosso problema era na Comissão de Constituição e Justiça, que era tirar um parecer que rejeitasse um pedido de recebimento da denúncia. Foi rejeitado. Agora, o problema é da oposição.”

Entretanto, auxiliares do presidente estariam admitindo, nos bastidores, que queriam “liquidar a fatura” da denúncia na Câmara ainda em julho porque temem o “fator Eduardo Cunha”. O ex-presidente da Câmara, que está preso, teria manifestado a investigadores a disposição de aderir a uma colaboração premiada.

O relatório pró-Temer será aprovado no plenário da Câmara se tiver o apoio de pelo menos dois terços do total de 513 deputados, ou seja, 342 votos.

Na contabilidade do ministro da Casa Civil, o governo tem mais de 260 votos: 207 de PMDB, PP, PR, PRB e PSD, partidos que fecharam questão contra a denúncia, e conta com metade da bancada do PSDB (46 deputados), do PSB (36) e do DEM (29), além de parte “expressiva” do Podemos (15). Essa conta indicaria que a oposição não tem os 342 votos necessários para derrubar o relatório que recomenda a rejeição da denúncia.

Conquistar parte do PSDB

Na entrevista à Gaúcha, Padilha disse que o governo vai buscar conquistar a parte do PSDB que não tem apoiado o governo Temer. Na quinta-feira (14) cinco dos sete parlamentares do partido na CCJ votou contra o governo

“Queremos ver ainda se podemos conquistar a outra parte que não está apoiando o governo, no caso do PSDB, no caso do PSB, a mesma coisa, queremos ver se conseguimos conquistar a parte que ainda não está apoiando o governo”, disse Eliseu Padilha durante entrevista à rádio Gaúcha, ao ser questionado sobre uma eventual reforma ministerial para acomodar os partidos mais fieis ao governo.

O PSB passou para oposição em maio, e tem defendido a renúncia de Temer . Na quinta-feira, dois dos quatro integrantes da legenda na CCJ favoráveis. (AG)

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https://www.osul.com.br/padilha-diz-que-troca-de-deputados-na-ccj-e-do-jogo-politico/ Padilha diz que troca de deputados na CCJ é “do jogo político” 2017-07-14
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