Flávio Pereira Padilha: “Não existe ninguém condenado antecipadamente”

No mesmo dia em que o presidente Michel Temer reafirmava que não cogita em renunciar ao cargo, nas redes sociais o chefe da Casa Civil da presidência da República,  Eliseu Padilha, se manifestou sobre a crise gerada pelas novas delações : “A cada dia tínhamos uma manchete bastante positiva para o País. Tudo vinha numa corrente altamente positiva em favor do Brasil. Surge, no entanto, mais uma delação premiada. Essa delação traz fatos que tem sim que ser  investigados, tem que ser explicados. Mas não se tem ninguém condenado antecipadamente. Nós temos que ver o que efetivamente foi dito. O Poder Judiciário e encarrega das delações. Nós, do governo temos que nos encarregar de governar. O Brasil não vai parar”.

Transição sem Temer: com Meirelles, Carmen Lúcia ou Jobim?

As dificuldades políticas que a delação premiada dos dono da JBS criaram para a permanência do presidente Michel Temer no poder, ainda não podem ser avaliadas no seu todo. Mesmo com o presidente Temer ter descartado a hipótese da  renúncia, os efeitos de um governo desacreditado poderão se abater sore a economia,que recém começava a emitir sinais de recuperação. Caso o presidente não vença esta dificuldade inicial, de cunho político, demonstrando a manutenção da sua força no Congresso, são inevitáveis as especulações sobre a sucessão indireta com eleição pelo Congresso Nacional do futuro presidente.

Nomes especulados para o pior cenário

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que vinha sendo especulado como potencial candidato à sucessão nas eleições de 2018, caso saia vitorioso da guerra pela reversão do quadro econômico do País, agora surge como alternativa imediata pra estancar a crise, em caso de eleição indireta. Além dele, especula-se o nomes da presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Carmen Lúcia, e até do ex-ministro  ex-presidente do STF e TSE, Nelson Jobim.

Nas redes, Marchezan cobra explicações de Aécio

Ligado ao grupo  do senador Aécio Neves, que promoveu uma intervenção no PSDB gaúcho para nomeá-lo presidente regional do partido, o prefeito de Porto Alegre, Marchezan Júnior abandonou ontem o barco do tucano ao afirmar nas redes sociais que “Não é o PSDB e seus filiados, mas sim Aécio, que tem a necessidade e obrigação de se explicar e se defender. Por isso precisa renunciar”. Em outro comentário, Marchezan faz uma comparação mais forte, ao dizer que “o Brasil está como quadrilhas das drogas: Cai um e logo tem outro para assumir. Lula, Dilma, e agora Temer. Que tristeza para o Brasil”. Em outro comentário, afirmou que “tentamos uma transição até a eleição em 2018 apoiando o governo eleito pelo PT. Mas não adianta, o passado, a natureza, falaram mais forte. Mais uma vez, a estrutura pública gigante e podre, vai fazer com que os mais pobres sofram ainda mais”.

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