Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 25 de junho de 2016
Brryan Jackson descobriu, ainda criança, que tinha HIV. Uma tragédia pessoal que ganhou contornos maiores porque ele foi deliberadamente infectado, ainda bebê, por seu próprio pai – um técnico em hematologia que estava se separando da mãe de Brryan e estava preocupado com o pagamento de pensão.
Discriminação.
“Minha mãe tinha um filho de um relacionamento anterior quando conheceu meu pai [Brian Stewart] e ambos decidiram ter uma nova criança. Mas quando ele voltou da Primeira Guerra do Golfo, suas atitudes em relação a mim tinham mudando completamente. Ele começou a dizer que eu não era seu filho”, contou Jackson, em entrevista.
Ele tinha 11 meses quando, durante uma internação hospitalar por causa de uma asma, o pai aproveitou uma saída da mãe do quarto para injetar o vírus na corrente sanguínea do filho. Quando finalmente descobriram, os médicos deram a Jackson apenas cinco meses de vida. Eles temiam não apenas os efeitos da doença, mas do coquetel de remédios que ele precisava tomar para tentar mantê-la sob controle.
Hoje, aos 25 anos, Jackson não apenas tem a doença sob controle como se transformou em palestrante motivacional e criou uma ONG, a Living With Hope (Vivendo com Esperança), para promover maior compreensão sobre a doença e estimular mais solidariedade com portadores do vírus.
Brian Stewart foi condenado à prisão perpétua em 1998. Jackson adotou uma grafia pouco usual para seu nome justamente para diferenciar-se do pai e evitar o assédio da imprensa. (AG)