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Por Redação O Sul | 5 de janeiro de 2016
O Sudão, o Bahrein e os Emirados Árabes Unidos anunciaram nessa segunda-feira o corte das relações diplomáticas com o Irã.
Os países seguiram a Arábia Saudita, que rompeu com o país após representações diplomáticas em Teerã e em Mashhad terem sido alvos de ataques. O Irã acusa a Arábia Saudita de agravar tensões e confrontos na região.
Bahrein acusa com frequência o Irã de estar por trás de uma insurgência xiita desde que ocorreram protestos em 2011 contra os governantes sunitas.
A relação entre Arábia Saudita e Irã voltou a se deteriorar depois de os sauditas executarem o clérigo xiita Nimr Baqir al-Nimr, uma importante figura do movimento de contestação contra o regime. Além dele, outras 46 pessoas foram mortas após serem condenadas por “terrorismo”, incluindo jihadistas sunitas acusados de ligação com a Al Qaeda.
A execução do clérigo causou protestos entre os árabes xiitas e manifestantes invadiram a embaixada da Arábia Saudita em Teerã, onde 40 pessoas foram presas.
O ministro das Relações Exteriores saudita, Adel al-Jubeir, considerou os ataques às representações diplomáticas uma violação das convenções internacionais. O Irã afirmou que o rompimento decidido pela Arábia Saudita não apagará o erro estratégico da execução do clérigo.