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Mundo O Vaticano estuda fazer um decreto para excomungar os corruptos

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Em homenagem a padre assassinado pela máfia, pontífice diz que vida religiosa não combina com crime organizado. (Foto: Reprodução)

Uma nota divulgada pelo Vaticano e noticiada pelo jornal italiano Corriere Della Sera afirma que uma comissão da Santa Sé estuda a edição de um decreto que permita ao pontífice excomungar pessoas por crimes como “corrupção” e “associação mafiosa”. Na prática, os praticantes desse tipo de ato seriam excluídos da comunidade dos fiéis da Igreja Católica.

Ainda de acordo com a nota do Vaticano, a questão é extremamente importante e delicada, por isso “são necessários os aprofundamentos em nível internacional e de doutrina jurídica da Igreja”. Entretanto, o papa Francisco já expressou a sua posição de forma clara no prefácio do livro do cardeal Peter Tuckson, onde ele definiu a corrupção com “um câncer” e convocou a comunidade internacional a “lutar conjuntamente” contra esse fenômeno.

Em seu texto, o religioso de origem argentina lançou um apelo para que governantes e governados reúnam os seus esforços. “É urgente a necessidde de se combater essa blasfêmia, esse câncer que está desgastando as nossas vidas. A Igreja não deve ter medo de purificar si própria”, representou o líder da Igreja Católica.

Na avaliação de Francisco, a corrupção está presente como causa e consequência em dramas humanos como “a exploração do homem, a decadência e a falta de desenvolvimento, bem como o tráfico de pessoas, armas e drogas e a injustiça social, a humilhação, a escravidão e o desemprego”.

Seminário

Na quinta-feira da semana passada, foi realizado um grande seminário internacional em Roma (Itália) com cerca de 50 personalidades envolvidas na luta contra a corrupção e as máfias, entre os quais juízes, bispos, membros das instituições políticas vaticanas, de vários países e das Nações Unidas, chefes de movimentos sociais, vítimas, jornalistas, estudiosos, intelectuais e embaixadores. Os participantes afirmaram que a luta contra a corrupção e as máfias é uma questão não apenas de legalidade, mas de civilização.

O cardeal Peter Tuckson abriu a reunião declarando que a razão do “encontro é tentar enfrentar um fenômeno que leva a pisotear na dignidade das pessoas. Nós queremos afirmar que não podemos jamais pisotear ou negar a dignidade das pessoas. Logo, cabe a nós, mediante este Organismo vaticano, defender e promover o respeito da dignidade da pessoa. Por isso, procuramos chamar a atenção do mundo sobre este fenômeno”.

Por sua vez, o arcebispo Dom Silvano Tomasi destacou o objetivo principal do encontro: “sensibilizar a opinião pública e dar passos concretos para se encontrar políticas e leis que possam prevenir a corrupção, pois ela é como um caruncho, que se infiltra nos processos de desenvolvimento dos países pobres como dos ricos, arruinando as relações entre as Instituições e as pessoas. Logo, o esforço que estamos fazendo é para criar uma mentalidade, uma cultura da justiça que possa combater a corrupção e beneficiar o bem comum”.

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