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Mundo Para 65% dos europeus, a União Europeia deve ser dura com o Reino Unido

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Big Ben, na capital do Reino Unido. (Foto: AFP)

Sessenta e cinco por cento dos europeus acreditam que a União Europeia deve seguir uma linha dura com o Reino Unido e não comprometer seus princípios nas negociações do Brexit, de acordo com uma pesquisa realizada em nove países do bloco, reportou o jornal The Guardian.

O levantamento feito na Alemanha, Áustria, Bélgica, Grécia, Espanha, França, Hungria, Itália e Polônia mostrou que apenas 18% dos europeus acham que a Comissão Europeia deveria ceder para manter uma relação próxima com os britânicos durante as negociações da saída do Reino Unido. Na pesquisa similar realizada entre os britânicos, esse porcentual sobe para 49%.

A visão também é oposta quando se trata dos efeitos à União Europeia após o Brexit. Para 70% dos britânicos, a EU sairá prejudicado com a separação, enquanto menos da metade (46%) da população dos outros nove países acredita que a saída enfraquece o bloco.

Apoio

O levantamento da Chatham House, instituto de pesquisas britânico, foi realizado no início do ano, antes da derrota dos movimentos separatistas nas eleições da Holanda e da França. O crescimento econômico da UE e a falta do apoio à primeira-ministra Theresa May nas negociações, revelada nas eleições antecipadas no início do mês, quando o Partido Conservador da premiê não alcançou a maioria absoluta, fortaleceram o bloco.

Em outra pesquisa, mais recente, 63% dos entrevistados de dez países membros da União Europeia têm opiniões positivas sobre o bloco e apenas 18% desejam uma separação. Os números revelam uma melhora significativa nos últimos meses – um levantamento anterior mostrou pessimismo em relação à UE na Alemanha (18% tinham visão favorável), França (18%), Espanha (15%) e Holanda (10%).

Negociações

O negociador europeu Michel Barnier e o ministro britânico David Davis iniciaram nessa segunda-feira em Bruxelas as negociações para a saída dos britânicos do bloco em março de 2019.

Os dois expressaram o desejo de conversações “construtivas”, mas deram a entender que as prioridades são diferentes. O britânico Davis falou sobre sua determinação a “construir uma forte e especial relação” entre ambos, em referência ao futuro marco legal, que poderia incluir um acordo de livre comércio, o que Londres deseja negociar de modo paralelo ao divórcio. Mas Barnier anunciou que o objetivo dos 27 países da UE é enfrentar “as incertezas geradas pelo Brexit”, para “os cidadãos, os beneficiários das políticas da UE e nas fronteiras, especialmente a Irlanda”.

Calendário

A conta a ser paga por Londres pelos compromissos assumidos com os 27 países do bloco, que segundo estimativas pode chegar a 100 bilhões de euros, e os direitos de centenas de milhares de europeus no Reino Unido e vice-versa são consideradas as questões mais delicadas.

O primeiro dia de discussões será dedicado à organização prática das negociações. “Espero que possamos identificar prioridades e um calendário”, disse Barnier.

O ministro britânico das Relações Exteriores, Boris Johnson, um dos líderes do Brexit no referendo, expressou otimismo nesta segunda-feira. “Acredito que todo o processo levará a uma resolução feliz, que pode ser alcançada com honra e benefício para ambas as partes”, disse Johnson, para quem “o mais importante é olhar para o futuro”.

Mas a incerteza persiste em Bruxelas, depois que a primeira-ministra britânica Theresa May perdeu a maioria parlamentar em uma eleição antecipada convocada justamente para tentar reforçar sua posição nas negociações do Brexit.

May passou meses insistindo que nada mudaria sua intenção de reduzir a migração e que estava disposta a deixar o mercado único europeu, a união alfandegária e todas as instituições europeias, com o objetivo de controlar suas fronteiras.

No entanto, os eleitores britânicos acabaram com sua maioria absoluta no Parlamento, na eleição de 8 de junho. O futuro de May é incerto, a libra não se recuperou do susto com o referendo do ano passado, a inflação está em alta e a confiança dos consumidores em queda.

May, que em várias oportunidades afirmou que preferia “nenhum acordo a um acordo ruim” com a UE, terá a oportunidade de explicar seus planos em uma reunião do bloco prevista para o fim de semana em Bruxelas.

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