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Brasil Para aprovar a reforma da Previdência, o presidente Michel Temer autorizou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a negociar cargos

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A reaproximação de Temer (E) com Maia surtiu efeito. (Foto: EBC)

Em semana que pode ser decisiva para a reforma da Previdência, o presidente Michel Temer se reaproximou do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e conferiu a ele poderes para recompor os postos-chave do Ministério das Cidades. Além de emplacar o deputado Alexandre Baldy, de quem é amigo pessoal, no comando da pasta, Maia vai dividir com os partidos que compõem o chamado centrão (PP, PSD, PR, PRB, PTB e PSC) a secretaria-executiva e as secretarias de Habitação, de Saneamento, Desenvolvimento Urbano e de Mobilidade Urbana.

O presidente da Câmara também vai ajudar Temer na reforma ministerial e na tentativa de segurar votos do PSDB. Temer negocia o remanejamento do ministro da Secretaria-Geral de Governo, Antonio Imbassahy, para outra pasta. Uma possibilidade é que ele assuma o lugar de Luislinda Valois, do mesmo partido, na Secretaria de Direitos Humanos.

O fim de semana também foi de definição de estratégias para a aprovação da reforma da Previdência, em encontros de Temer com Maia, ministros e líderes governistas. O presidente vai pedir votos dos prefeitos, que irão a Brasília na quarta-feira; terá uma agenda com governadores e dará um jantar no Palácio do Alvorada aos deputados da base de apoio, presidentes da Câmara e do Senado e ministros. No encontro, o economista José Márcio Camargo e a equipe técnica do Ministério da Fazenda vão falar da necessidade da aprovação da reforma da Previdência para o País.

A reaproximação de Temer com Maia, que vinha marcando terreno nas últimas semanas com a recusa de medidas provisórias e manifestações sobre a dificuldade em aprovar a reforma, surtiu efeito. Depois do encontro no sábado, Maia fez uma defesa enfática da proposta. “Sem a reforma da Previdência, o Brasil vai quebrar, não chega a 2019. Vamos mostrar os números para os partidos da base. Os brasileiros de menor renda precisam da reforma”, disse Maia.

Segundo interlocutores, no encontro com Temer, ministros e líderes, Maia sugeriu iniciar a votação da reforma na primeira semana de dezembro. Nesta terça, Maia reunirá os líderes dos partidos da base para discutir a proposta. A intenção é fechar o texto no jantar de quarta-feira. Todos os detalhes estão sendo fechados com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que esteve ontem à noite na casa de Maia.

Além de idade mínima (65 anos para homens e 62 anos para mulheres) com regra de transição, a equipe econômica quer a convergência de regras entre setor privado e público, mudanças do cálculo da aposentadoria, alterações no valor da pensão e teto para acumular benefícios. Para facilitar a votação, foram retirados da proposta trabalhadores rurais e benefícios assistenciais (pagos a idosos de baixa renda).

Segundo o vice-líder do governo na Câmara, Pauderney Avelino (DEM-AM), Maia ficou com a responsabilidade de “pilotar” os partidos do centrão a favor da aprovação da proposta: “O presidente Temer está muito confiante nessa condução de Rodrigo Maia”.

Nas contas de um auxiliar de Temer, o Executivo teria em torno de 220 votos (já consagrados no chamado núcleo duro em votações anteriores). Como se trata de uma emenda à Constituição, são necessários 308 votos. Por isso, destacou o vice-líder do governo, deputado Beto Mansur (PRB-SP), é necessário carimbar pelo menos mais 100 votos para pôr a reforma em votação no plenário. Mansur também esteve com Temer ontem à noite para mostrar os números.

 

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