Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 21 de agosto de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Os casos de fraude, corrupção e abuso do poder econômico, flagrados pela Polícia Federal, reforçam a necessidade de incluir observadores da sociedade civil na Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias, do Tribunal Superior Eleitoral.
COM LENTE DE AUMENTO
Faltam 25 dias para o Executivo entregar à Assembleia Legislativa o orçamento de 2018. A situação de calamidade financeira deverá despertar muito mais atenção de deputados e entidades que representam empresários e trabalhadores. A análise superficial, em anos anteriores, foi uma das causas da degringolada.
O RETRATO
O ministro aposentado Joaquim Barbosa, certa vez, declarou que “o Brasil é o país dos privilégios internalizados como se fossem a coisa mais natural do mundo. Parece ser um direito constitucional”.
Poderia acrescentar: privilégio e corrupção formam dupla inseparável. Um não vive sem o outro. Muitos dos que estão no poder buscam, a todo custo, manter a estrutura perversa e covarde. Aí residem os motivos que impedem a reforma política que o País exige. A maioria no Congresso prefere deixar como está, o que configura omissão imperdoável.
A EXPERIÊNCIA
Pedro Simon costuma dizer: “O Congresso só se movimenta quando o povo empurra”.
VAI SUBINDO
Em 2016, o governo federal gastou 407 bilhões de reais para rolar a sua dívida. Correspondeu a três vezes o orçamento do Ministério da Educação. Ontem, o placar eletrônico que acompanha a despesa com juros atingiu 260 bilhões de reais, contando desde 1º de janeiro deste ano.
PONTO DE PARTIDA
O Supremo Tribunal Federal, a 21 de agosto de 2007, começou o julgamento do mensalão. Conforme denúncia do procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, 40 pessoas participavam de organização criminosa especializada em desviar dinheiro público e comprar apoio político.
A Polícia Federal e o Ministério Público elaboraram 14 mil páginas sobre o esquema de distribuição de recursos para aliados a fim de que projetos de interesse do governo federal acabassem aprovados. Entre os denunciados estavam os ex-ministros Anderson Adauto, José Dirceu e Luiz Gushiken; os deputados federais João Paulo Cunha, José Genoino, Paulo Rocha, Pedro Henry e Valdemar Costa Neto.
EPISÓDIO ANTERIOR
José Dirceu, a 22 de agosto de 2005, tinha apresentado em 22 páginas sua defesa ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Classificou a denúncia de Roberto Jefferson como “delírio e fruto de uma mente doentia”. O relator Júlio Delgado não se convenceu e considerou como “muito inconsistentes” as justificativas de Dirceu.
CONTRA O TOTALITARISMO
O presidente Getúlio Vargas, a 21 de agosto de 1942, assinou declaração de guerra contra a Alemanha e a Itália, após 17 navios brasileiros, dos quais cinco com passageiros, terem sido afundados por submarinos do Eixo na costa do Nordeste. Após o anúncio, uma multidão se concentrou na Praça da Matriz em Porto Alegre. O interventor Cordeiro Farias discursou: “Estamos prontos para viver ou morrer”.
CAIU NO SAMBA
Inspirados no Rio de Janeiro, argentinos criam a primeira escola de samba de Buenos Aires. Chama-se Estação Primeira de Lanús. Ainda há os apregoam a inutilidade do Mercosul…
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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