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Economia Para baixar os juros bancários, o Banco Central vai diminuir o valor dos depósitos obrigatórios dos bancos

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Em nota, o Banco Central ressaltou que os 8,2 bilhões de reais representam cerca de 3,3% do total atualmente recolhido nessa modalidade de compulsório. (Foto: Agência Brasil)

O presidente do BC (Banco Central), Ilan Goldfajn, declarou nesta quarta-feira (13), em avaliação de fim de ano com jornalistas, que a autoridade monetária está realizando estudos sobre os “níveis estruturais” dos depósitos compulsórios (recursos que os bancos têm de deixar parados) e que a ideia é eles caminhem “para baixo”. “Não para ir para cima, e nem para ficar parado”, declarou.

Os depósitos compulsórios são um dos itens apontados por instituições financeiras para o alto custo do crédito bancário no Brasil. É um dos itens do “spread” – a diferença entre o custo de captação, ou seja, quanto os bancos pagam pelos recursos, e quanto as instituições cobram de seus clientes bancários. O spread bancário no Brasil é um dos mais altos do mundo.

“O compulsório é algo que a gente precisa convergir, no médio e longo prazos, para níveis inferiores. É uma questão estrutural, para reduzir os custos administrativos. E não pensar ela como uma medida de política monetária [relacionada com o nível dos juros básicos da economia]. É pensada de forma estrtutural, pensada de médio e longo prazos, para reduzir o custo do crédito”, afirmou o presidente do Banco Central.

Entre os itens que compõem o custo do juros bancário no Brasil, estão:

Custo de captação: quanto os bancos pagam pelos recursos, valor que está ligado ao juro básico da economia, a Selic, fixada pelo Banco Central;
Depósitos compulsórios: recursos que os bancos têm de deixar parados no BC, para ajudar no controle da inflação;
Cunha fiscal: impostos cobrados, que são repassados pelas instituições financeiras;
Despesas administrativas: custo de processos e com funcionários dos bancos;
Risco: taxa de inadimplência das operações;
Margem líquida: lucro das instituições financeiras.

O presidente do Banco Central também lembrou que já estão foram tomadas medidas para reduzir o custo do crédito nos últimos meses. Citou, por exemplo, a instituição do registro eletrônico de operações, a LIG (Letra Imobiliária Garantida).

Também citou medidas de competição bancária, como democratização de informações e regulação diferenciada para instituições financeiras menores. O lucro dos bancos responde por cerca de 30% do chamado “spread bancário” no Brasil.

Dados do Banco Central mostram que os quatro maiores conglomerados bancários – Itaú-Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – detinham, no fim de 2016, 78,99% de todas as operações de crédito feitas por instituições financeiras no país. Em 2007, eles tinham 54,6% de todos empréstimos.

Estudo da Consultoria Economática mostra que a mediana da  ROE (rentabilidade sobre o patrimônio) dos bancos brasileiros supera a das instituições norte-americanas desde 2005, com exceção de 2014 – considerando bancos com ativos acima de US$ 100 bilhões.

O presidente do Banco Central também lembrou da aprovação da TLP (Taxa de Longo Prazo), que, em sua visão, reduz subsídios cruzados, o que baixa o “custo para todo mundo”. “Tudo isso faz parte do esforço para reduzir o custo do crédito (…) Os juros bancários são altos, mas estão em queda, e acredito que vão continuar em queda”, concluiu.

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