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Mundo O papa evita mais uma vez uma visita à Argentina: desde que assumiu, Francisco já viajou a 27 países, 8 deles nas Américas, mas nunca voltou a sua terra, nem tem uma previsão de retorno

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O pontífice também disse que está rezando pelos mortos em um motim ocorrido em uma cadeia venezuelana na sexta-feira. (Foto: Reprodução)

Ao concluir a sua viagem pelo Peru, o papa Francisco terá visitado nove países latino-americanos desde o início do seu papado, em 2013. Ainda assim, o líder religioso não marcou data para ir ao país onde nasceu, a Argentina.

A razão principal, segundo o pontífice, é evitar o uso político de sua imagem em um país tão polarizado e no qual ele sempre se posicionou com mais simpatia pelo lado peronista – chegou a apoiar, na reta final, a campanha de Daniel Scioli, derrotado por Mauricio Macri em 2015.

Do atual presidente, Francisco guarda distância. Já o recebeu duas vezes em Roma, mas ambas foram sessões curtas. Por outro lado, Francisco mantém constante diálogo com os padres que atuam em comunidades pobres, os chamados “curas villeros” (padres de favela), grupo em que ele próprio atuou e que é uma linha da Igreja local também vinculada ao peronismo. Tem representantes em quase todas as favelas importantes de Buenos Aires e de outras cidades grandes.

Em novembro, como tem feito com frequência, o papa recebeu uma comitiva de líderes comunitários da Villa 31, favela no Centro da capital argentina onde atuou quando vivia na cidade. “Estivemos com ele em Roma e foi algo indescritível. Falamos do plano de construir uma estátua para o padre Mugica na Villa 31. Ele gostou da ideia e perguntou como andavam as coisas na nossa comunidade, que ele conhece muito bem”, relatou o líder comunitário Cesar Sanabria, que comanda uma rádio na Villa 31.

Admirado pelo papa, o padre Mugica (1930-1974) é uma das principais referências dos padres que atuam em comunidades pobres do país. Passou a vida dedicado a pregar e a ajudar os moradores de favelas como a Villa 31 e mantinha atividades políticas com o movimento Padres do Terceiro Mundo. Foi assassinado pelo esquadrão da morte Triple A, a Aliança Anticomunista Argentina.

O papa comanda do Vaticano a atuação dos “curas villeros” e chegou a indicar dois deles como bispos, o que causou incômodo entre os representantes da Igreja argentina tradicional. São eles: José Ignacio García Cueva, que atuava na favela La Cava, e Gustavo Carrara, da favela de Flores, bairro em que o papa passou a infância. Os dois novos bispos se dizem identificados com a ação de Mugica.

Em 2016, o papa Francisco canonizou o cura Brochero, versão rural dos “curas villeros”, que visitava aldeias e povoados na região do interior da Província de Córdoba, montado a cavalo ou em mula. Embora o papa não tenha marcado uma visita à Argentina, os moradores da Villa 31 puderam sentir um pouco da sua presença nas últimas semanas, quando foram rodadas, na favela, cenas do filme “The Pope”, com Jonathan Pryce como Francisco e Anthony Hopkins como seu antecessor, Bento XVI.

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