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Brasil Para o juiz Marcelo Bretas, a decisão de ministro do Supremo que suspendeu a transferência de Sérgio Cabral para outro presídio mostra que o ex-governador do Rio de Janeiro ainda tem poder e influência

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Decisão que beneficiou o peemedebista decepcionou o titular da 7ª Vara Federal Criminal. (Foto: Agência Brasil)

O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, pode ter enfrentado nesta semana um dos mais difíceis momentos de sua atuação à frente da Operação Calicute, desde que a força-tarefa foi lançada, há um ano. Era visível o seu abatimento com a decisão tomada pelo ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de suspender a transferência do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. Em desabafo aos funcionários e amigos próximos, disse que a mensagem que será passada aos integrantes da organização criminosa do peemedebista é a de Cabral ainda tem poder e influência.

Bretas não estaria decepcionado apenas com Gilmar Mendes. Ele esperava que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, insistisse na exceção de suspeição de Gilmar, pedida inicialmente por Rodrigo Janot, por supostas ligações do ministro do STF com a família do empresário do setor de transportes Jacob Barata Filho. No fim de setembro, Raquel pediu vistas de ações em que Janot cobrou impedimento de Gilmar. Preso preventivamente por decisão de Bretas, Barata Filho também foi beneficiado por decisão de Gilmar.

O juiz da Calicute recebeu a notícia da existência de um home theater no presídio de Benfica como mais uma razão para a medida de transferência de Cabral para um presídio federal. “Pelo que sei, não faltam situações de abuso em Benfica”, comentou com os amigos, lamentando que os Ministérios Públicos federal e estadual não tragam tais fatos ao seu conhecimento, contou uma fonte ligada ao juiz.

Outras solturas

Em 28 de abril, Gilmar Mendes determinou a libertação do empresário Eike Batista, preso em Bangu pela Operação Eficiência, que investiga contratos fraudulentos de empresas com o governo do Rio de Janeiro. O ministro suspendeu a prisão preventiva decretada em janeiro pelo juiz Marcelo Bretas.

No dia 17 de agosto, o ministro Gilmar Mendes atendeu pedido de habeas corpus do empresário Jacob Barata Filho e do ex-presidente da Fetranspor Lélis Teixeira. Os dois foram mantidos presos, porque o juiz Marcelo Bretas havia expedido novo mandado contra eles, mas Gilmar mandou soltá-los novamente.

Em 19 de agosto, Gilmar estendeu o habeas corpus a outros quatro presos na Operação Ponto Final, desdobramento da Lava-Jato no Rio: Cláudio Sá Garcia de Freitas, Marcelo Traça Gonçalves, Enéas da Silva Bueno e Octacílio de Almeida Monteiro.

No dia 23 de agosto, Gilmar mandou soltar mais três presos na Ponto Final: Rogério Onofre, ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio (Detro); Dayse Deborah, mulher de Rogério; e David Augusto da Câmara Sampaio, policial civil aposentado e gestor da transportadora de valores Trans-Expert.

Em 19 de outubro, Gilmar concedeu habeas corpus a Flavio Godinho, ex-vice-presidente do Flamengo e apontado como braço-direito do empresário Eike Batista. Godinho estava em prisão domiciliar por ordem de Bretas.

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