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Brasil Para os Estados Unidos, o Brasil deve liderar a solução para a crise venezuelana

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"Vemos as ações desestabilizantes da Venezuela e elogiamos a atuação do Brasil", disse Mattis. (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, defendeu nesta segunda-feira (13) que o Brasil encabece a negociação de uma solução para a crise na Venezuela, relatou o ministro Joaquim Silva e Luna, com quem o americano se encontrou em Brasília na primeira parada de sua visita à região.

“A colocação dos EUA neste aspecto é muito prudente: consideram que a solução deve ser liderada pelo Brasil e pergunta sempre como pode ajudar. Troca-se ideias, maneiras de fazer, como construir uma solução para tirar o país [Venezuela] da dificuldade que passa”, disse Silva e Luna.

Mattis, que também se reuniu com o chanceler Aloysio Nunes, não deu declarações à imprensa. No passado, o presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a debater com assessores a possibilidade de uma intervenção militar na Venezuela.

A crise política, econômica e humanitária no país do ditador Nicolás Maduro já levou mais de 1 milhão de pessoas a emigrarem nos últimos 20 meses, o que fez a Colômbia, na semana passada, solicitar à ONU a designação de um enviado especial à região.

Durante a reunião no Ministério da Defesa, porém, Mattis ouviu do governo brasileiro que eles não identificam uma solução de curto prazo para a crise. A avaliação dos militares, transmitida ao governo americano, é que o problema do país vizinho é político.

Brasília e outros governos da região têm exercido pressão diplomática, por meio da suspensão de Caracas de fóruns regionais como o Mercosul, mas se opõem a sanções ou medidas mais duras, mantendo a posição tradicional da política externa brasileira.

De Brasília, Mattis seguiu para o Rio e depois seguirá para a Argentina, o Chile e a Colômbia. Ele é o segundo integrante do alto escalão do governo Trump a vir ao Brasil — o primeiro foi o vice-presidente, Mike Pence, cuja visita em junho também se concentrou na questão venezuelana.

Além de Caracas, Silva e Luna afirmou que foram debatidos com o chefe do Pentágono pontos do acordo de salvaguarda tecnológica com os EUA, que Brasília tenta fechar há meses para poder alugar aos americanos a base de lançamento de foguetes em Alcântara (MA), o que poderia render uma receita anual de US$ 1,5 bilhão (R$ 5,8 bilhões).

Segundo o ministro, avançou-se um pouco no debate — ele não deu detalhes. “O secretário da Defesa se comprometeu a, no mais curto prazo, ajustarmos os detalhes, que são palavras, para que isso ficasse de acordo com nossos interesses e fosse entendido pelo país inteiro”, afirmou.

Os dois países também tratam de cooperação na defesa. O Brasil, com o A-29 Super Tucano da Embraer, é finalista na licitação para a venda de até 150 aeronaves a serem usadas em missões no Oriente Médio.

tags: Brasil

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