Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 4 de dezembro de 2015
O corretor de ações Andrew Greene ganhou o direito de continuar com o processo contra a Paramount, produtora para qual ele pede 50 milhões de dólares por difamação pelo filme “O Lobo de Wall Street”, segundo o jornal “New York Daily News”.
Em fevereiro, Greene, que foi um dos diretores da Stratton Oakmont, empresa criada por Jordan Belfort que aparece no longa do Martin Scorsese, alegou ter sido mal representado como o personagem Nicky Koskoff (P.J. Byrne). De acordo com ele, cujo nome real não aparece no longa, o papel é inspirado nele e o mostra como um “criminoso, usuário de drogas, degenerado, depravado e desprovido de qualquer moral ou ética”.
Os advogados da Paramount disseram que Koskoff nada mais é do que uma junção de todas as pessoas mencionadas por Jordan Belfort no livro em que o longa se baseou e que não seria razoável associar o personagem ao corretor. Por outro lado, a juíza Joanna Seybert, do distrito leste de Nova York, afirmou que Greene tem apenas de provar que as pessoas que o conhecem poderiam de fato associá-lo ao personagem do longa.
A Paramount, contudo, afirmou que realmente se inspirou em elementos de Greene, como a peruca que ele usava e que Koskoff aparece usando em “O Lobo de Wall Street”. No entanto, a produtora diz que, como a descrição do próprio Greene de que a peruca é “um pedaço de cabelo horrível” está factualmente correta, este elemento não pode ser usado no processo de difamação.