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Brasil Parlamentares ligados ao Exército que foram eleitos neste ano já articulam sua atuação na Câmara dos Deputados e a formação de uma “bancada militar”

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O grupo reunido pode ficar com os principais cargos da Câmara dos Deputados. (Foto: EBC)

Recém-eleitos para a Câmara dos Deputados, um militar ativo e cinco da reserva do Exército já se articulam em torno de ideias comuns. Dentre os assuntos que os unem estão não apenas ideia para a segurança pública e a proteção das fronteiras, mas também pontos polêmicos, como a revisão do Estatuto do Desarmamento e críticas aos resultados da Comissão Nacional da Verdade – que apura os crimes cometidos pela ditadura que governou o País de 1964 a 1985.

Os eleitos são os generais Sebastião Roberto Peternelli (PSL-SP) e Elieser Girão Monteiro (PSL-RN), os coronéis João Chrisóstomo de Moura (PSL-RO) e Luiz Armando Schroeder Reis (PSL-SC), o major Vitor Hugo de Araújo Almeida (PSL-RO) e o subtenente Hélio Fernando Barbosa Lopes, o “Hélio Bolsonaro” (PSL-RJ), o único que era do serviço ativo do Exército no momento do pleito. Todos são do partido de Jair Bolsonaro (PSL), que avançou ao segundo turno da disputa presidencial contra Fernando Haddad (PT).

O candidato a vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão (PRTB), vinha ajudando a articular 114 candidaturas militares a todos os cargos antes de entrar na chapa, quando atuava somente como presidente do Clube Militar. Ele comemorou a eleição de todos os colegas e destacou a escolha dos generais.

“A presença de dois generais é inédita e acrescentará muito ao nosso poder de fogo, que é fruto do grau de conhecimento, cultura e equilíbrio deles”, disse Mourão à imprensa. Ele incentivou que esses deputados se aproximem dos oito novos colegas para formar uma “bancada militar”.

Segundo um membro da cúpula do Exército, apesar de muitos militares terem votado nesses deputados, eles não representam a instituição. O representante do Exército e de suas pautas e ideias é somente o comandante Eduardo Villas Boas.

Mourão disse que sua ideia não é fortalecer a frente parlamentar da segurança, conhecida como “bancada da bala”, que tem hoje 28 parlamentares, mas juntar os parlamentares militares em torno de valores e ideias comuns.

O major Vitor Hugo afirmou que não é nem possível dizer se haverá no ano que vem uma “bancada da bala” como a que existe hoje. Segundo ele, a bancada funcionou na atual legislatura porque parlamentares de diversos partidos tiveram que se unir para defender ideias comuns. Mas, no ano que vem, muitos deputados que defendem esses conceitos estarão unidos sob o PSL – que deve ter 52 membros na Câmara, número só inferior ao do PT (56).

Ele diz que pessoalmente, porém, não se interessa em integrar uma bancada formal fora a do PSL, mas sim se unir em votações a parlamentares que tenham pautas e valores em comum.

Enquanto a situação não se define e a disputa presidencial caminha para o segundo turno, a formação de uma bancada militar vem sendo tema de conversas. O apelido de uma eventual bancada não está definido. Enquanto Mourão fala em “bancada militar”, Peternelli sugere “bancada Brasil Acima de Tudo” e Chrisóstomo defende “bancada do fuzil”.

Embora a formação de uma eventual bancada não seja uma questão definida, os miltiares eleitos estão se integrando. “Nós já estamos em contato desde já para compor o nosso grupo”, disse Chrisóstomo.

Comissão da Verdade

O grupo questiona a Comissão Nacional da Verdade por não ter apurado crimes cometidos por guerrilheiros de esquerda, mas acham que não é hora para tratar do assunto. “Não que isso não seja importante, mas no momento há temas mais urgentes que devem ter prioridade, como as reformas tributária e previdenciária e a diminuição do estado brasileiro”, diz um dos eleitos.

Por outro lado, o grupo também garante que não querem atuar como uma bancada corporativista e pretendem diversificar sua atuação legislativa para os mais variados temas. Isso inclui maior disciplina das escolas e obtenção de recursos para a área de infraestrutura de transportes.

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