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Colunistas Paus e pedras

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Aos jovens – e não precisa ser muito jovem – dizem pouco, quase nada as expressões “Guerra Fria” e/ou “Cortina de Ferro”. De certa maneira, resquício bélico de um inventário conflituoso, tornaram-se expressões correntes nas manchetes dos jornais da década de cinquenta em diante.

A Cortina de Ferro era uma expressão inicialmente usado no jargão da diplomacia ocidental para identificar o espeço geopolítico que, sob a liderança da Rússia, se constituía numa força unificada, formada por países que professavam um ideário político administrativo sob a alegada – e nem sempre convincente – doutrina de Karl Marx. Apresentou-se a “Cortina”, comandada com “mão de ferro” pelo georgiano Josef Stalin, como um fechado clube no qual a única linguagem admitida era a da versão do marxismo, made in Moscou.

Constituiu-se no espaço amplo que, na reunião da Yalta, os Chefes de Estado ou de Governo dos países vencedores (lá estiveram Churchill, Stalin etc) entregaram à pragmática voracidade soviética constituída por dezenas de nações.

Demoraram um pouco os líderes das nações democráticas a constatar que, também por sua omissão, espaços físicos e culturais, foram sendo abocanhados por Moscou, fazendo-os parceiros, de modo a integra-los no então mais novo Império do pós-Guerra: a União das Republicas Socialistas Soviéticas.

Criou-se na geografia política e econômica da Humanidade, um grupo de países pleno de diferenças e peculiaridades, mas que obedecia nas questões mais importantes as diretrizes do Kremlin.

A URSS estendia-se pela Ásia, por áreas expressivas do mundo árabe, sem falar na Europa (onde conquistou desde parte da Alemanha, o segmento eslovaco-ungaro, a Transilvânia e – (quem sabe?) com seu “sanguíneo” líder, Conde Drácula – até a minúscula Albânia. Na América, descobriu as pretensões ruidosas de Castro e alimentou o consulado político cubano, enquanto conveniente.

A URSS, não respeitando a soberania dos países que ia incorporando de fato, impunha-lhes uma submissa parceria (que os digam os balcãs: Lituania Estonia etc), pregava a defesa da soberania dos países não participes de seu projeto. Praticamente, a União Soviética dividiu o mundo em duas quase metades. E, pelo tamanho, nem tão iguais, nem tão desiguais.

Do outro lado, ao ser o país que foi chamado à Guerra (recebeu o ataque japonês, de surpresa, a Pearl Harbour), os Estados Unidos ao por seu poderio humano tecnológico, econômico e militar no campo de batalha, ofereceram aos países aliados (exauridos pela agressividade do confronto, que também exauria os nazi fascistas empuxe decisivo), cujo exemplo mais objetivo foi o lançamento de bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki para derrotar Hiroito, Mussolini, Hitler e seus asseclas.

No palco, ao mesmo tempo em ruinas e vitorioso, destacavam-se, espaçosos, os dois vencedores: os Estados Unidos, sem maiores ferimentos e que não tiveram (como até hoje) guerra em casa e a nascente, crescente e mutilada União Soviética, sequiosa por cobrar (como, de resto cobrou) preço caro, por serviços valiosos, decisivos para o resultado final da Hecatombe.

Ao final (com reinicio?) de mais um litígio, havia dois escalados desafiantes-desafiados: USA e URSS.

O seu enfrentamento, iniciado com o fim da 2ª. Guerra Mundial, constituir-se-ia na longa, as vezes silenciosa, nem por isso menos cruel, Guerra Fria.

Houve momentos em que se pensou que ela virara anacrônica e até figura de outros tempos.

O gendarme espião Putin e seu amigo e inimigo, espião/espiado, o megalomaníaco histriônico Trump estão fazendo todo o possível para reanima-la.

Ao contrário do que, ética e pragmaticamente se pensa, assume realismo contemporâneo o ditado latino: “si vis pacem, para bellum” (ou seja: se queres paz, prepara-se para guerra). Se o arsenal atômico, com seu potencial destrutivo, sempre crescente, estivesse em mãos de um só país, o risco de fazer da ameaça um ato formal, balançando a espada da intimidação do “posso tudo”, seria a realidade permanente. Só se vê limitado, pelo receio e pelo temor de cada um que alguém mais tenha tanto ou mais poderes atômicos e faça com ele o mesmo que ele presume fazer com o inimigo.

Com o gordo balofo da Coreia do Norte, brincando de ameaçadora sub potência, com paquistaneses x hindus fazendo ameaças nucleares reciprocas em seu confronto, com bombas escondidas mas sabidas, com o permanente dissidio do Oriente Médio onde Israel e o Irã também parecem ter carteirinha de sócios do clube aterrorizante, isso sem falar na China, na Inglaterra etc, etc não há dúvida que uma 3ª. Guerra Mundial seria vencida pelos quase extintos, superando os totalmente extintos.

Já se disse que a 3ª. Guerra Mundial, que esperamos nunca aconteça, seria a da máxima tecnologia destrutiva (foguetes, mísseis, bombas atômicas, corrosivos produtos químicos), mas também se disse que, a de nossos pósteros, a IV Grande Guerra de homens sobreviventes será simiesca, certamente com paus e pedras.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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