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Por Redação O Sul | 23 de janeiro de 2016
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, anunciou na sexta-feira que o partido, por unanimidade, vai se posicionar contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A votação da legenda para fechar a questão foi realizada no início da reunião do diretório nacional da sigla, em Brasília. A mandatária participou da reunião do partido no mesmo dia. Enquanto aguardavam a chegada da chefe do Executivo, os representantes da legenda também fecharam questão para defender a saída de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara dos Deputados.
O primeiro item do encontro foi decidir pelo posicionamento da sigla em defender ou não o mandato de Dilma. Antes da votação, Lupi se pronunciou defendendo a presidenta. “Não há nenhum fato legal. Não há prova. Não há nenhum fato que coloque ela em cheque a qualquer investigação. Ninguém pode terceirizar o crime”, disse.
O pedetista afirmou que os membros da legenda que eventualmente não seguirem o entendimento do diretório estarão sujeitos a “medidas previstas no estatuto” da sigla. O PDT é um dos principais partidos da base aliada. Apesar disso, alguns deputados chegaram a votar contra os interesses do governo em projetos na Câmara no ano passado. Mesmo assim, a chefe do Executivo decidiu nomear o então líder da legenda na Casa, André Figueiredo, para o Ministério das Comunicações.
Na reunião, Lupi também anunciou o ex-ministro Ciro Gomes como pré-candidato do PDT à presidência da República nas eleições de 2018, que foi recebido aos gritos de “Brasil para frente, Ciro presidente”. Em coletiva na quinta-feira, o presidente do partido já havia anunciado que a legenda estava preparando o “ambiente” para ter o ex-ministro como candidato. (AG)