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Armando Burd Pé no freio

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(Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A saída do PDT do governo do Estado, que será anunciada hoje, coincide com fato idêntico ocorrido há dez anos. A 11 de abril de 2007, após reuniões que se estenderam por quatro horas, o secretário da Segurança Pública, Enio Bacci foi demitido. Deixou a ala residencial do Palácio Piratini, declarando que “infelizmente, não conto mais com o apoio da governadora para continuar o enfrentamento à criminalidade no Rio Grande do Sul. Quem ganha com isso é a bandidagem”.
Cinco dias após, o diretório estadual do PDT decidiu, por 126 votos a 36, deixar a base aliada da governadora Yeda Crusius. Os deputados Kalil Sehbe, Rossano Gonçalves e Coffy Rodrigues lideraram movimento pela permanência, alegando que a saída, 100 dias depois da posse da Yeda, revelaria oportunismo. Em maio do mesmo ano, Coffy assinou ficha no PSDB.

HÁ SEMPRE UMA BRECHA

O governador José Sartori não adotará medida radical: mesmo com a saída da base aliada, o PDT poderá continuar com os cargos em comissão que detém em secretarias e empresas estatais. Significará uma porta aberta para o diálogo com cinco deputados da bancada trabalhista na Assembleia. Juliana Brizola e Enio Bacci, que votam contra projetos do Executivo, ficam fora da quota de eventual apoio.

PARA NÃO MUDAR

Empresários estão na torcida para que se mantenha a proibição de contribuições de pessoas jurídicas para campanhas eleitorais. Sentiram alívio das pressões de candidatos e partidos no ano passado.

DESENCONTRO

Deputados federais voltam ao antigo jogo: para as lideranças do governo dizem que estão a favor da reforma da Previdência. Às centrais sindicais declaram de pés juntos que votarão contra.

CIRCUNSTÂNCIA ABSURDA

Cinco conselheiros, que saíram do presídio de Bangu, ficarão impedidos de reassumir no Tribunal de Contas do Rio de Janeiro por 180 dias, mas sem preocupações: continuarão recebendo salários de 36 mil reais por mês, engordados por auxílio moradia, saúde, locomoção e alimentação. A lei é esta: para perder o direito aos proventos só após condenação com trânsito em julgado no Superior Tribunal de Justiça, sem mais direito a recurso.

OLHANDO PARA TRÁS

Em algum livro a ser escrito no futuro, o capítulo Antigualhas fará este registro:
“Houve um tempo em que a meta dos governos era a construção de obras grandiosas, capazes de conferir celebridade a um administrador. Era a obsessão dos que chegavam a um cargo do Executivo.”

RÁPIDAS

* Os governos municipais completam hoje 100 dias e as oposições levam os torpedos às plataformas de lançamento.

* Nem a Scotland Yard, Interpol e FBI, somando esforços, conseguirão desvendar com exatidão o valor e os beneficiados com isenções fiscais no Estado.

* Tremem as estruturas: Marcelo Odebrecht vai depor hoje diante do juiz Sérgio Moro.

* O vereador Cláudio Janta revela-se um articulador de primeira linha do governo municipal

* O carrossel não para: muitos dos que enquadravam Renan Calheiros como figura execrável da política passam a considerá-lo, subitamente, arauto da moralidade.

* A torradeira, invenção de 1910, torna-se um instrumento cada vez mais usual no Palácio Piratini.

* Falta afixar cartazes nas portas da maioria das Secretarias da Fazenda: não está tão ruim que não possa piorar.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/pe-no-freio-2/ Pé no freio 2017-04-10
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