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Por Redação O Sul | 19 de abril de 2019
Durante esta semana, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) solicitou ao Ministério da Saúde a anulação da lei que obriga hospitais e maternidades a fazerem o Teste da Linguinha em crianças nascidas em suas dependências. Este protocolo é obrigatório segundo a Lei nº 13.002/2014, sendo um procedimento utilizado para a detecção da anquiloglossia, uma alteração no tecido que se estende da língua até a cavidade inferior da boca. O pedido foi feito, devido à pouca incidência da doença no Brasil e ao baixo risco que a condição impõe à vida de quem nasce com ela.
Esta anomalia, que pode ocasionar a chamada “língua presa”, também pode prejudicar a amamentação e a deglutição das crianças, por causa da dificuldade de sucção e outros movimentos da língua. Assim, abre brechas para a má nutrição. Outros problemas que podem derivar dessa condição são os de desenvolvimento da fala, uma vez que é possível que a dicção fique comprometida, caso o quadro não seja tratado.
Em nota, a SBP explicou que o exame da cavidade oral do recém-nascido e lactente só pode ser aplicado por um médico e “já faz parte do exame físico realizado pelo pediatra, de forma simples e indolor, nas maternidades e nas consultas de puericultura”. Na avaliação da entidade, os médicos podem prescindir do protocolo uma vez que “um exame clínico bem realizado e uma observação completa de uma mamada podem ser suficientes para o diagnóstico de anquiloglossia”.