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Mundo Pela primeira vez, a cidade de Nova York pode ter uma primeira-dama gay

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Christine Marinoni (E) é mulher de Cynthia Nixon (D), a Miranda do seriado "Sex and the City" e democrata. (Foto: Reprodução)

A mídia dos tabloides acampou do lado de fora do prédio de cinco andares, no Upper West Side em Manhattan, na esperança de ter um vislumbre da misteriosa mulher que havia roubado o coração de Cynthia Nixon, a estrela do seriado “Sex and the City”. De dentro do prédio dela, Christine Marinoni viu os paparazzi, preparou-se — e passou direto.

“Eles estavam procurando uma loira símbolo sexual ou sabe-se lá o quê”, diz Christine.

Ela agora ri ao se lembrar da frenética busca por sua identidade em 2004. Os repórteres desconcertados que não sabiam o que fazer com ela — uma líder comunitária ruiva e low profile, que prefere camisas xadrez a vestidos de gala e que antes de conhecer Cynthia Nixon nunca teve TV por assinatura.

Aquele burburinho em torno de Cynthia Nixon deixando o parceiro e namorando uma mulher agora parece distante, produto de um tempo diferente.
E as revistas de celebridades se acostumaram com o casal, cobrindo de maneira graciosa o noivado, o casamento e o nascimento das crianças.

Mas Christine, que costuma usar “tímida” como uma das primeiras palavras para se descrever, nunca ficou totalmente à vontade com as revistas de fofoca. Durante a gravidez, ela escondeu o ventre com um casaco volumoso, surpreendendo não apenas os paparazzi, mas até os vizinhos quando deu à luz.

“Eles ficavam tipo: ‘De onde veio o bebê?'”, conta.

No entanto, com Cynthia concorrendo contra o governador Andrew M. Cuomo na primária democrata da semana que vem, Christine voltou a se destacar, embora de um modo diferente.

Se eleita, Cynthia Nixon seria a primeira governadora do Estado a identificar-se abertamente como queer, palavra que ela e sua esposa preferem usar para descrever sua sexualidade. Christine seria, assim, a primeira primeira-dama gay do Estado.

As vidas pessoais das duas foram intimamente entrelaçadas com o mergulho de Cynthia na política. A atriz e política democrata diz que foi motivada a concorrer ao cargo por causa de sua paixão pela defesa da educação, a mesma defesa que a apresentou a esposa. O casal anunciou o noivado numa manifestação em defesa do casamento de pessoas do mesmo sexo e então viajou para Albany para pressionar os legisladores sobre o assunto.

Christine provou ser tão cautelosa com a imprensa política quanto com as revistas de celebridades, e em uma rara entrevista, ela minimizou seu envolvimento na campanha. Como primeira-dama, disse, ela permaneceria em segundo plano também, ancorando a família enquanto Cynthia governar.

“Ela tem sido repetidamente questionada (sobre isso) por pessoas que estão entusiasmadas com as perspectivas, mas não por mim, nunca por mim”, afirma ela, que não tem nenhum papel oficial na campanha, nem se envolveu na decisão final de Cynthia de entrar na disputa.

Como a esposa de uma celebridade, ela disse que aperfeiçoou a arte de desviar as atenções:

“Agora sei como entrar ou sair dos holofotes. E geralmente escolho ficar de fora.”

Mas em destaque ou não, as pessoas que estiveram envolvidas na campanha descreveram Christine como uma força essencial: conseguir apoio, moldar estratégias e até mesmo servir como uma espécie de procuração para sua mulher em discussões políticas ou táticas desde que Cynthia está na corrida.

“Cynthia é a candidata, e ela é uma espécie de personificação do que todos nós estamos tentando mudar em nível estadual”, diz Jonathan Westin, diretor executivo da organização sem fins lucrativos New York Communities for Change, que pediu a atriz para concorrer ao cargo. “Mas o lance é colocá-las juntas, quero dizer, Christine tem sido insubstituível.”

Christine é uma presença frequente em eventos de campanha, marchando ao lado de Cynthia na Parada do Orgulho Gay de Nova York ou coletando assinaturas para garantir seu lugar na corrida eleitoral. Depois do debate de Nixon com Cuomo, Marinoni percorreu a sala de imprensa para se certificar de que os repórteres acertariam na avaliação dizendo:

“Ela foi muito bem! Claramente ganhou. Claramente ganhou.”

Christine foi apresentada ao ativismo cedo. Ela cresceu em Bainbridge Island, cerca de 10 quilômetros a oeste de Seattle, onde seu pai era professor e sua mãe, presidente do sindicato de professores.

Depois de se mudar para Nova York no início dos anos 1990, Marinoni passou uma temporada como líder comunitária no Bronx. Depois estudou desenvolvimento econômico na Universidade de Columbia, pensando que poderia trabalhar com assuntos internacionais.

Ela se voltou para a área da educação, liderando uma coalizão de pais que se tornou a Aliança Estadual de Educação de Qualidade. Foi lá que conheceu Cynthia, que se tornou porta-voz do grupo depois de se deparar com cortes na escola de seu filho mais velho; seu relacionamento tornou-se público em 2004, e eles se casaram em 2012.

 

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