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Ciência Pela primeira vez, astrônomos conseguiram observar o buraco-negro mais distante da Terra

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Região identificada situa-se a quase 700 milhões de anos do Sistema Solar. (Foto: Reprodução)

Um buraco-negro de quase 700 milhões de anos foi observado pela primeira vez por um time de astrônomos de várias instituições do mundo. De todas as regiões desse tipo no espaço já identificadas por cientistas, essa é mais distante da Terra e, provavelmente, a mais antiga. Trata-se, porém, de uma “criança” perto da idade do universo (estimada em pelo menos 13,8 bilhões de anos). O feito foi publicado na edição dessa quarta-feira da revista “Nature”.

O buraco é considerado supermaciço, com uma massa 800 milhões de vezes mais densa que a do Sol e está localizado dentro de um quasar, objetos mais brilhante do Universo. Cientistas estimam que a estrutura é de uma época cósmica conhecida como “Época da Reionização”, quando a maior parte do Universo estava coberta por hidrogênio neutro mas, com a chegada das primeiras estrelas, passou a ser “ionizado”.

Nesse processo, as estrelas emitem radiação suficiente para que elétrons do núcleo do hidrogênio “se solte”. Assim, o hidrogênio se ioniza. Os astrônomos estimam que esse buraco negro tenha surgido numa fase de transição em que o universo estava metade neutro e metade ionizado.

Antes da descoberta, o buraco-negro mais antigo teria surgido aproximadamente 800 milhões de anos após o Big Bang, considerado o marco da criação do Universo, com idade estimada de 13,8 bilhões de anos. Como surgiram no começo da formação do cosmo como ele é hoje, os buracos-negros servem para que se estude as formações iniciais do universo.

Definição

O buraco-negro é uma região do espaço onde a gravidade é tão forte que nem a luz escapa, o que deixa essa área “invisível” ou “negra’. Os astrônomos conseguem observá-lo de forma indireta: como a gravidade é muito grande, eles registram o comportamento das estrelas ao redor da estrutura.

O buraco-negro pode intensificar a luz e retirar gases do interior das estrelas. Esses gases formam um disco de gás ao redor do buraco. Submetidos a altas temperaturas, esses gases liberam raios-x. E é por meio da medição desse tipo de radiação que os cientistas conseguem obter informações mais precisas sobre o fenômeno.

Um buraco-negro forma-se quando uma estrela super maciça fica sem combustível, o que faz seu núcleo diminuir até ficar reduzido a uma fração de seu tamanho original. Quando isso acontece, a gravidade produzida por ela sai do controle e começa a sugar tudo que encontra.

Ela começa a sugar a massa da estrela, fazendo isso tão rápido que se engasga e expele enormes torrentes de energia. A força é tamanha que “fura” a estrela e lança mais jatos de energia. A gravidade não suporta essa energia e a estrela muitas vezes pode explodir, transformando-se em “supernova”.

Esta explosão, também conhecida como “erupção de raios gama”, Em apenas um segundo, esse evento cósmico é capaz de gerar 100 vezes mais energia que o nosso Sol produzirá em toda a sua existência. A maioria das estrelas de pequeno e médio porte “morrem” nesse tipo de evento cósmico – o que resta no centro é o buraco-negro.

 

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