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Geral Pela primeira vez, o Brasil faz transferência temporária de um preso para outro país

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Os crimes foram cometidos diversas vezes no decorrer de 2020 contra dois meninos, que na época tinham 7 e 8 anos. (Foto: Reprodução)

A justiça brasileira autorizou, pela primeira vez, a transferência temporária de um preso condenado no Brasil para outro país. O israelense Yoram El Al, preso há quatro anos, acusado de participar da máfia dos caça-níqueis no Rio, foi levado para Israel.
Ele fez um acordo de delação premiada com as autoridades de lá, e vai ajudar na investigação de outras máfias. Tudo isso está em segredo de justiça. Mas a GloboNews apurou que os depoimentos de Yoram em Israel já levaram dezenas de pessoas para a cadeia.
Os depoimentos de Yoram estão ajudando a polícia israelense a combater uma das mais poderosas máfias que atuam em Israel, conhecida como Família Abergil. As informações prestadas por ele já resultaram na prisão de 60 pessoas envolvidas com tráfico internacional de drogas, assassinatos, lavagem de dinheiro, exploração de jogo ilegal e extorsão.

Yoram El Al foi preso no Brasil em 2011 durante a operação Black Ops, da Polícia Federal. Ele integrava uma quadrilha que manipulava máquinas caça-níqueis para que não houvesse apostas vencedoras. Yoram também foi acusado de participar do atentado a bomba contra o bicheiro Rogério Andrade, em 2010. O crime aconteceu na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Na explosão do carro do bicheiro, o filho dele, de 17 anos, morreu.

Yoram também era investigado pela polícia americana por envolvimento com o tráfico de ecstasy. Os Estados Unidos pediram extradição do prisioneiro israelense, que foi negada pelo Supremo Tribunal Federal por falta de reciprocidade entre os dois países. Mas, em abril deste ano, a Justiça Federal Brasileira tomou uma decisão inédita. Autorizou o empréstimo do prisioneiro às autoridades de Israel para que ele contasse tudo que sabe sobre a máfia Abergil e outras organizações criminosas, num acordo de delação premiada.

É a primeira vez que um condenado no Brasil é transferido temporariamente para outro país. Yoram saiu de helicóptero do presídio de Bangu no dia 12 de maio escoltado por um forte esquema de segurança. Seguiu direto para o Aeroporto Internacional do Galeão. De lá pegou um voo comercial para Madri e, em seguida, outro para Tel Aviv.
Pela decisão da justiça brasileira, ele deve voltar ao Brasil no dia 18 de setembro. O preso está num programa de proteção às testemunhas de Israel em nível máximo de segurança. A localização é mantida em sigilo porque ele estaria jurado de morte pela máfia. A transferência temporária de Yoram se baseou na Convenção das Nações Unidas Contra o Crime Organizado Transnacional, da qual o Brasil é signatário. (AG)

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