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Esporte Pelé reafirma sua realeza no futebol aos 75 anos

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Consagração na Copa do Mundo de 1970. Pelé conquistou três Mundiais pelo Brasil. (Foto: Arquivo/AP)

Por André Malinoski/Editor de Esporte de O Sul

Mesmo que você marque 1.281 gols, vença três Copas do Mundo e acumule um punhado de outros títulos por algum time, sinto informar – você não é, e talvez jamais seja, um Pelé. O Rei. O brasileiro mais conhecido do planeta. O eterno camisa 10 da Seleção Brasileira. A verdade, pura e simples e provavelmente um bocado clichê é apenas uma – Pelé e a bola se confundem, e não temos capacidade de enxergar um ou outro de forma individual. Podemos esfregar os olhos, mas é como se o que tivéssemos acabado de testemunhar fosse uma ilusão. Não parecesse de verdade.

Edson Arantes do Nascimento, esse é o nome dele, completa 75 anos neste dia 23 de outubro. Nasceu em uma cidadezinha mineira chamada Três Corações e foi com um coração apaixonado que jogou futebol por apenas dois times profissionalmente, o Santos, onde também ganhou dois Mundiais de Clubes, e o New York Cosmos, equipe norte-americana que acompanhou seus momentos derradeiros nos gramados. Não faltou mágica de sua varinha invisível pelos estádios mais distantes do mundo.

Alteza nas alturas dando uma bicicleta perfeita em amistoso da Seleção no Maracanã diante da Bélgica em 1965. (Foto: Alberto Ferreira/AJB)

Alteza nas alturas dando uma bicicleta perfeita em amistoso da Seleção no Maracanã diante da Bélgica em 1965. (Foto: Alberto Ferreira/AJB)

Se formos lembrar deste gigante com as cores do time canarinho, a coisa vira um soneto digno de Camões. Não pelo que Pelé fez e ganhou pelo Brasil – o que todos nós estamos cansados de saber –, mas pelo que ele não conseguiu, como em um quadro inacabado de algum gênio da pintura, em que deixou uma marca tão significativa quanto se fosse o contrário. O chute de antes da meia-cancha contra a Tchecoslováquia e o drible de corpo no goleiro uruguaio Mazurkiewicz, ambos lances protagonizados na Copa do México de 1970, são obras de alguém ímpar e servem apenas para ilustrar uma galeria onde Picasso, Mozart, Michelangelo, Baudelaire seriam titulares com o mesmo peso ao lado dele, ao lado de Pelé.

Para a família, era Dico. Para as outras crianças das peladas dos campinhos em Bauru, antes de ser o que seria, era Gasolina. Para todos nós, em todos os continentes desse mundão de Deus, era, é e sempre será Pelé. O gênio do futebol era perfeito; o homem, assim como eu ou você, também cometeu erros ou esteve envolto nas polêmicas mais diversas. Afinal, Pelé e Edson se confundem, assim como a bola e o artista.

Não há mais o que falar e escrever de Pelé. Sempre surge algum jogador para ser comparado com ele. Os últimos são Lionel Messi e Cristiano Ronaldo. Nenhum nunca o ultrapassou, seja por números finais ou por genialidade. Não por acaso foi eleito o Atleta do Século passado ainda em 1980. Recebeu o troféu no ano posterior em Paris.

Impossível não pecar por falta de originalidade em uma data tão expressiva. O cronista Armando Nogueira, íntimo de textos bem escritos e já não mais presente entre nós, criou uma definição a propósito do Rei do Futebol: “Pelé já era o melhor muito antes de ser; e continua sendo, mesmo depois de ter sido”.

Pelé, aos 75 anos, ainda é o melhor de todos.

Não há mais o que dizer, entende?

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https://www.osul.com.br/pele-completa-75-anos-e-ainda-e-o-que-e-o-rei-do-futebol/ Pelé reafirma sua realeza no futebol aos 75 anos 2015-10-23
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