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| Peleadoras: a batalha até o primeiro abraço entre Ícaro e a mãe

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Por Kyane Sutelo

Nas redes sociais, todas as postagens da gaúcha Luana Dutra nos últimos meses levam a hashtag #ÍcaroGuerreiro. Isso porque a família considera uma grande batalha o que teve que enfrentar tanto durante a gravidez quanto nos primeiros meses de vida do bebê. A duração média da gestação normal, conforme manual do Ministério da Saúde é de 280 dias ou 40 semanas. A do Ícaro? Durou 26 semanas. E ele não é o único, já que, no Brasil, nascem mais de 900 bebês prematuros, por dia.

Essa já não era a primeira vez que Luana descobria estar grávida. Após sofrer dois abortos, ela decidiu tentar novamente. Porém, a insegurança esteve ao seu lado desde o início. “O que fazer? O que pensar? E se não der certo, de novo?”, se questionava a nova mãe. E, talvez pela experiência vivida, ou pela famosa “intuição materna”, Luana estava certa. “Após as 13 semanas contamos pra família e foi ‘a festa’, (…) e sem saber foi o que podemos comemorar”, relembra ela.

Três semanas após o chá de revelação do sexo, onde familiares e amigos celebraram a descoberta do menino, veio a notícia ruim. “Descobri uma pré-eclampsia e fiquei internada”, conta Luana. A partir daí, foram dias, horas de angústia para o pai de Ícaro Gleidson Pinheiro e para toda a família biológica e religiosa de ambos. A cada ligação, poderia ser do hospital e o medo tomava conta.

Foi no domingo de sol de 14 de outubro de 2018 que Ícaro veio ao mundo, em uma cesariana. Mas o receio não foi embora. Luana e o menino de 610 gramas e 31 centímetros, corriam risco de morte. Mais algumas semanas para o coração da família aliviar um pouco: a mamãe estava bem, em casa. Agora, começaria outra jornada, a do bebê no hospital.

Luana e Gleidson fariam uma pequena mudança para o Hospital Conceição. Todos os dias, eles ficavam o máximo possível ao lado do filho. Mas foi apenas 40 dias depois do parto que o primeiro contato mais próximo entre mãe e filho aconteceu, quando ela pode pegá-lo no colo. “Com 40 dias de vida peguei ele pela primeira vez, entubado com 1quilo e eu? Nervosa, com medo de me mexer e algum daqueles fios escaparem. Mas, ao mesmo tempo, era a felicidade em pessoa em poder sentir ele no meu peito”, descreve a mãe.

Ao todo, foram 127 dias que Ícaro passou internado, divididos entre UTIneonatal, UTIpediátrica e um anexo (quarto). Nesse período o pequeno passou, inclusive, por uma cirurgia de retina, chamada Fotocoagulação. Luana confessa que duvidou da conquista. “Ele nos ensinou muito sobre a vida. Eu, apesar de acreditar e saber que ia dar certo, muitas vezes temi e não só pela vida dele, mas pensava: ‘porque estar passando por tudo aquilo’ e ‘até quando ia durar’?”, diz ela.

Mas, finalmente, o momento de ir para o aconchego do lar com os pais chegou. Mesmo com a rotina de consultas semanais, acompanhamento médico até os sete anos e a previsão de uma nova cirurgia de hérnia inguinal, o pior passou e,em seu primeiro Dia das Mães com o filho no colo, Luana é só felicidade. “Hoje, ele prestes
a completar 7 meses é só sorrisos e espertezas. E eu? Gratidão e fé!”, destaca a mamãe.

 

 

 

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https://www.osul.com.br/peleadoras-a-batalha-da-mae-do-prematuro-icaro/ Peleadoras: a batalha até o primeiro abraço entre Ícaro e a mãe 2019-05-12
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