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Brasil Pelo menos 80% dos crimes violentos cometidos no Brasil têm ligação com o tráfico de drogas

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O general da reserva Alberto Mendes Cardoso defendeu a legalização das drogas "passo a passo". (Foto: Marcelo Warth/Especial/O Sul)

De 80% a 95% dos crimes violentos cometidos no Brasil têm ligação com o tráfico de drogas, de acordo com dados apresentados pelo general da reserva Alberto Mendes Cardoso, especialista em política antidrogas. O militar, que comandou o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) no governo de Fernando Henrique Cardoso e fundou a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e a Senad (Secretaria Nacional de Política Sobre Drogas), foi um dos palestrantes do 14º Enecob (Encontro Nacional de Editores, Colunistas, Repórteres e Blogueiros), realizado na semana passada em Brasília.

Ele defendeu a prevenção e a conscientização sobre o uso de drogas e a legalização dos entorpecentes para combater o narcotráfico no País. “Pode-se tentar trabalhar com a legalização das drogas desde que Estado, famílias e adultos deem condições para a juventude ter capacidade de discernir sobre o malefício dessas substâncias”, argumentou. Segundo o general, a legalização deve ocorrer “passo a passo, sem açodamento”. “Não se pode manter uma sociedade proibida”, disse.

“Prevenção deve ser a base do trabalho. Mas enquanto as drogas forem proibidas, a repressão deve ser inteligente e implacável”, prosseguiu. “A solução é uma só: educação.” O general citou como exemplo o tabaco, cujo consumo era glamouroso há alguns anos e foi desestimulado e bastante reduzido. Ele defendeu que a Senad volte para a Presidência da República e não fique sob responsabilidade do Ministério da Justiça, que “aumenta a repressão e diminui a prevenção”.

“O Estado tem que estar presente e ter o controle legal e oficial de todo o seu território. Um povo que não vê relevância no Estado não se transforma em nação”, afirmou . O Brasil está rodeado de países produtores de maconha e cocaína. A demanda nacional para o consumo interno de cocaína é de 250 toneladas. Já a de maconha é de 3 mil toneladas.

Doenças crônicas

Durante o Enecob, Patricia Vasconcelos, do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde, apresentou dados que revelam que as doenças crônicas representam 73% de todas as mortes no mundo. As principais são as cardiovasculares, o câncer e as respiratórias.

Em 2029, o câncer passará a ser a principal causa de morte no Brasil devido ao envelhecimento da população e riscos comportamentais e ambientais. A palestrante defendeu a prevenção e diagnósticos precoces para diminuir os casos de câncer e óbitos decorrentes da doença.

Qualidade de vida

A Dra. Ana Luisa Moura, do Ministério da Saúde, abordou o tema “Promoção da Saúde e Qualidade de Vida”. Conforme pesquisa, mais da metade da população brasileira está acima do peso ideal. O total gasto com o tratamento de doenças relacionadas à obesidade no Brasil corresponde a 2,4% do PIB (Produto Interno Bruto).

Envelhecimento

Em 2065, os idosos representarão 34% da população do Brasil. Atualmente, 75% dos idosos dependem do SUS (Sistema Único de Saúde) para atendimento médico. Doenças cardiovasculares, câncer e problemas respiratórios são as principais causas de morte dessa população no País. Os dados foram divulgados pela Dra. Teodora Karnakis, do Hospital Sírio-Libanês. Ela abordou o tema Desafios da Saúde Frente ao Envelhecimento da População.

Enecob

Promovido pelo jornalista Leandro Mazzini, autor da Coluna Esplanada, o Encontro Nacional de Editores, Colunistas, Repórteres e Blogueiros reuniu representantes de jornais e portais de todo o Brasil, entre eles O Sul, nos dias 18 e 19 de dezembro, no Brasília Palace.

O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, que faria um balanço da sua gestão, não compareceu ao encontro devido a uma convocação do presidente Michel Temer. (Marcelo Warth/O Sul)

O Enecob reuniu jornalistas de todo o País na capital federal. (Foto: Divulgação)

tags: Saúde

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