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Por Redação O Sul | 28 de fevereiro de 2017
Se seguirem o ritmo de outros processos, as ações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que correm pelas mãos do juiz Sérgio Moro podem tornar o petista inelegível ainda antes do pleito de outubro de 2018.
Levantamento realizado pelo jornal Folha de S.Paulo nas seis ações da Lava -Jato já julgadas em segunda instância mostra que levam, em média, um ano e dez meses até chegarem a um veredicto no TRF (Tribunal Regional Federal) a partir da denúncia.
Mantido esse ritmo, Lula ficaria inelegível em meio à campanha de 2018 – entre julho e outubro. A inelegibilidade está na Lei da Ficha Limpa, que estabelece que todo condenado por um colegiado está impedido de se candidatar.
Porém, mesmo condenado, o ex-presidente poderia concorrer se pedir uma liminar contra a decisão do TRF até o julgamento de recursos no STJ (Superior Tribunal de Justiça) ou STF (Supremo Tribunal Federal).
O petista, hoje, lidera as pesquisas de intenção de voto para 2018. No Datafolha, está à frente de todas as simulações em primeiro turno. No segundo turno, fica atrás de Marina Silva (Rede).
O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, afirma que não considera a possibilidade de ele ser condenado. “Só uma arbitrariedade imensa poderia levar a isso. Não há provas que possam dar sustentação a uma condenação”, diz.
Lula responde a dois processos na Justiça Federal do Paraná: em um deles, é acusado de ter se beneficiado de dinheiro de corrupção na compra e reforma de um triplex no Guarujá (SP). No outro, de ter recebido vantagem indevida por meio da Odebrecht, que pagou parte de um terreno onde seria a sede do Instituto Lula. Além disso, é réu em outras três ações que não estão em Curitiba. (Folhapress)