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Armando Burd Perdida chance de condenar o sistema

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(Foto: Agência Brasil)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Tesoureiros, achacadores, oportunistas e chantagistas respiraram aliviados ontem à noite. A decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) dá nova oportunidade para que voltem a agir, fazendo das campanhas um grande negócio. O receio era de que uma decisão condenatória se tornaria obstáculo rigoroso para o uso de vias ilegais. O placar final de 4 votos a 3 mantém o trânsito livre. Financiadores de partidos e candidatos, que dormiriam pensando em novas fórmulas para garantir vantagens, não precisam mais se preocupar tanto.

Mau começo

Ditado antigo recomenda: “Para terminar bem, é preciso começar bem”. Quem leu a petição inicial do PSDB, que deu origem ao processo contra a chapa Dilma-Temer, não poderia ter expectativa de outro resultado no julgamento. Muitos advogados avaliaram: “É paupérrima”.

Garra do acusador

O ministro Herman Benjamin sai consagrado do episódio. Seu relatório e o seu voto foram considerados de muita qualidade por juristas. Passou a limpo o Brasil, balizando comportamentos. Extravasou o que está engasgado na garganta de grande parte da população. Outros especialistas avaliam que ele exagerou. Como em muitos júris, o promotor que age desse modo acaba absolvendo o réu.

Novos rounds

Mais do que o julgamento de ontem, o presidente Michel Temer deve se preocupar com o processo criminal no STF (Supremo Tribunal Federal). Além dos pedidos de abertura de impeachment, cinco foram arquivados pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mas sobram 12.

A caminho da fama

Catolé do Rocha, município onde o ministro Herman Benjamin nasceu no dia 13 de novembro de 1957, ganha subitamente destaque nacional. Inclui-se no Polígono das Secas, tem 28 mil habitantes e fica distante 420 quilômetros de João Pessoa, capital da Paraíba. Equipes de reportagem começam a se deslocar para mostrá-la melhor.

Terra do tiro

Catolé do Rocha é conhecido por uma sangrenta disputa entre as famílias Oliveira e Batista Mesquita. As desavenças começaram na década de 1980 por questões políticas e já têm perto de cem vítimas. Durante a Operação Laços de Sangue, a Polícia prendeu quatro pistoleiros contratados e 15 membros das duas famílias.

Retrato sem retoque

Caso deixe o governo Temer, como se prevê, o PSDB deverá se lançar na pregação do parlamentarismo. Em seu programa, critica: “O presidencialismo tende a ser o regime do poder unipessoal e das decisões a portas fechadas, em um convite permanente ao fisiologismo político”.

Muito difícil

Para levar à votação no plenário da Assembleia Legislativa o projeto do plebiscito sobre a venda de estatais, o governo gaúcho precisará da concordância de 14 das 16 bancadas na reunião de líderes, às 12h de terça-feira.

Zona de risco

Com a aproximação do ano eleitoral, adeptos do populismo voltarão a lançar mão de simplificações. Fingirão, como sempre, ter respostas simples e infalíveis para problemas de difícil solução.

Visor

• O governo de Minas Gerais está aprovando todos os pedidos de benefícios fiscais da indústria do cigarro. Alvo é o Rio Grande do Sul. Uma já se transferiu e se mostra satisfeita.

• O jornalista Ivan Lessa, sobre a falta de memória: “De 15 em 15 anos, o brasileiro esquece o que aconteceu há 15 anos”.

• Eficiência, decência, transparência, competência. Rima rara na vida pública do País.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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