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Mundo Peritos avaliam que o içamento do submarino da Argentina que afundou no oceano Atlântico pode ser inviável

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O ARA San Juan transportava 44 tripulantes. (Foto: Reprodução)

Localizados a 800 metros de profundidade no mar frio do oceano Atlântico na região da Patagônia, os restos do submarino argentino ARA San Juan apresentam um estado geral compatível com uma súbita despressurização, conforme os peritos da empresa norte-americana de resgates Ocean Infinity. Eles acreditam que o içamento do veículo pode ser inviável.

O casco está achatado e apenas a proa – seção dianteira – parece intacta. Se a água não invadiu todos os compartimentos, é bastante provável que os corpos de ao menos parte da tripulação de 44 pessoas, dentre as quais uma mulher, ainda estejam lá, preservados pela baixa temperatura e pelo ambiente sem oxigênio.

As famílias das vítimas, que desde o naufrágio, há um ano, pressionaram o governo Macri para que as buscas nunca fossem interrompidas, querem recuperar seus mortos. Ao que tudo indica, ao menos por enquanto, esse desejo será difícil de atender.

O ARA San Juan é agora uma sucata metálica de 2,2 mil toneladas que pode estar parcialmente presa no terreno, embora a área seja rochosa, em uma espécie de serra que chega a 6 mil metros. Erguer a embarcação inteira é uma façanha e tanto. E já foi feita: em 1974, a um custo de US$ 800 milhões, os Estados Unidos retiraram do fundo do mar partes quase completas de um submarino nuclear perdido pela extinta União Soviética.

Um assessor do ministro da Defesa da Argentina, Oscar Aguad, informou que, se as exigências para o içamento “estiverem situadas além dos nossos recursos”, os restos do submarino eventualmente serão convertidos em um memorial fúnebre, permanecendo intocados. Há outras dificuldades, incluindo o controle sobre o estoque de armas de bordo, principalmente no que se refere aos torpedos da embarcamento.

A Ocean Infinity cobrará US$ 7,5 milhões pela operação. De acordo com os seus técnicos, o ARA San Juan está em uma área próxima à Península Valdés, na Patagônia argentina, a cerca de 600 quilômetros da cidade de Comodoro Rivadavia.

Investigação

A hipótese mais recente para o acidente, levantada pela comissão de peritos formada por dois almirantes e um capitão da força naval argentina, é a de que houve uma falha na operação da grande válvula do snorkel, o dispositivo que os submarinos usam para renovar o ar quando navegam submersos. É uma espécie de torreta que emerge pouco acima da linha de superfície e realiza a troca dos gases.

No dia 15 de novembro do ano passado havia uma forte tempestade rugindo sobre o eixo da rota de Mar del Plata. O San Juan baixou a 15 metros para escapar das ondas fortes. O sistema automático da válvula E19 abria e fechava o snorkel a intervalos muito curtos, talvez de 30 segundos. O que se supõe é que para garantir boas condições ambientais internas o mestre das máquinas tenha decidido manter o mecanismo aberto. A água do mar teria entrado e atingido as baterias elétricas.

Familiares

Imediatamente após a notícia da descoberta do submarino argentino ARA San Juan, desaparecido por um ano no Oceano Altântico com 44 tripulantes da Marinha a bordo, os familiares das vítimas afirmaram neste sábado, 17, estarem surpresos e “muito chocados” com a aparição da embarcação.

“É muito impactante. Graças a Deus eles estão em paz”, disse Marta Vallejos, irmã de Celso, um dos tripulantes da Marinha argentina que viajavam na embarcação quando, em 15 de novembro de 2017, a comunicação foi totalmente perdida.

Os parentes estão reunidos em um hotel da cidade de Mar del Plata, onde o submarino tinha sua base e onde, curiosamente, na quinta-feira, foram realizadas homenagens em conjunto pelo aniversário do desaparecimento. Na madrugada de sábado, o Ministério de Defesa e a Marinha da Argentina informaram que a companhia norte-americana Ocean Infinity havia achado o submarino a 800 metros de profundidade, após analisar um objeto de 60 metros de comprimento que tinha sido detectado previamente por sensores.

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