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Mundo Pesquisa aponta que a poluição do ar mata mais que o cigarro

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(Foto: Reprodução)

A poluição do ar mata mais pessoas do que o tabagismo, de acordo com uma pesquisa publicada nesta terça-feira (12) no “European Heart Journal”. Pesquisadores da Alemanha e do Chipre estimaram que, em 2015 – último ano com dados globais disponíveis –, a poluição causou 8,8 milhões de mortes. Isso é quase o dobro do que cientistas estimavam até então (4,5 milhões). Enquanto isso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que o cigarro mate cerca de 7 milhões de pessoas por ano no mundo.

Com esses dados em mãos, os cientistas pedem urgência nas ações globais para diminuir drasticamente a queima de combustíveis fósseis, grandes poluidores do ar.

“Quando usamos energia limpa e renovável, não estamos apenas cumprindo o Acordo de Paris para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Também estamos reduzindo as taxas de mortalidade relacionadas à poluição do ar em até 55%”, diz o coautor da pesquisa, Jos Lelieveld, do Instituto Max-Plank de Química em Mainz, na Alemanha.

Em todo o mundo, segundo os cálucos de Lelieveld e de seus colegas, a poluição causou 120 mortes extras em cada 100 mil pessoas por ano. Em algumas partes da Europa, a taxa é ainda maior, de até 200 em cada 100 mil.

“Para colocar isso em perspectiva, isso significa que a poluição do ar causa mais mortes extras por ano do que o consumo de tabaco”, disse Thomas Munzel, do Departamento de Cardiologia do Centro Médico Universitário de Mainz.  “Fumar é evitável, mas a poluição do ar não é.”

Os pesquisadores descobriram que na Europa – o foco principal da pesquisa da Sociedade Europeia de Cardiologia – a poluição do ar causou 790 mil mortes, entre 40% e 80% delas por doenças cardiovasculares, como ataques cardíacos e derrames. Tudo em decorrência de poluição.

“Como a maior parte do material particulado e outros poluentes atmosféricos na Europa vêm da queima de combustíveis fósseis, precisamos mudar para outras fontes de geração de energia com urgência”, disse Munzel.

O estudo enfocou o ozônio e as menores partículas poluidoras, conhecidas como PM2.5, que são especialmente prejudiciais à saúde, pois podem penetrar nos pulmões e podem até mesmo atravessar para o sangue.

Os pesquisadores disseram que novos dados indicam que o impacto perigoso da PM2.5 na saúde – a principal causa de doenças respiratórias e cardiovasculares – mostrou-se muito pior do que se pensava anteriormente.

Eles pediram uma redução no limite superior de PM2.5 na União Europeia, que atualmente é de 25 microgramas por metro cúbico, 2,5 vezes maior do que a diretriz da OMS.

“Na Europa, o valor máximo admissível … é muito alto”, disse Lelieveld e o co-autor Prof. Thomas Munzel, do Departamento de Cardiologia do Centro Médico Universitário de Mainz, na Alemanha, em um comunicado conjunto. “Nos EUA, Austrália e Canadá, a diretriz da OMS é tomada como base para a legislação, que também é necessária na UE”.

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https://www.osul.com.br/pesquisa-aponta-que-a-poluicao-do-ar-mata-mais-que-o-cigarro/ Pesquisa aponta que a poluição do ar mata mais que o cigarro 2019-03-12
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