Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 26 de dezembro de 2015
O contador paranaense Márcio de Castro Palma da Silva, 32 anos, mordido por um tubarão na Baía do Sueste, em Fernando de Noronha, não teve responsabilidade pelo incidente que o fez perder a mão e parte do braço direito. A confirmação é do engenheiro de pesca e pesquisador Leonardo Veras, que tem investigado o caso junto a profissionais do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) na ilha.
De acordo com Veras, o cenário do ataque foi reconstituído através das apurações. “O horário do mergulho, no final da tarde, elevou o risco de ataques, pois é o momento em que os tubarões costumam se aproximar da costa. Apesar disso, já temos uma ideia amadurecida de que não houve nenhum tipo de estímulo ou provocação por parte do turista”, explicou o pesquisador.
A vítima falou pela primeira vez na tarde do dia 23 deste mês, em coletiva de imprensa no hospital particular onde está internado, na área central de Recife. Confirmando as investigações, o paranaense declarou que foi surpreendido pelo tubarão. “Eu sabia que poderia ver o animal, mas não tive medo. Nunca tinha ouvido falar de ataques no arquipélago. Estava mergulhando, boiando na praia quando dei de cara com ele. Foi tudo muito rápido”, narrou.
O paranaense disse ter chegado à ilha no dia anterior ao ataque, junto com a esposa, o irmão, a cunhada e um casal de amigos.